A Repar, em Araucária (PR), é uma das refinarias da Petrobras com processo de venda mais adiantado.| Foto: Marcelo Andrade/Arquivo encia de Noticias Gazeta do Povo/Marcelo Andrade/Arquivo Gazeta do Povo
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Muito perto de adquirir a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, o Grupo Ultra deve deixar o caminho aberto para que seu concorrente, o Raízen, arremate a paranaense Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária.

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Nesta semana, o Ultra (dos postos Ipiranga e da distribuidora de gás Ultragaz) anunciou que estava em fase avançada de negociação da refinaria gaúcha com a Petrobras, em um negócio estimado entre US$ 1,2 bilhão e US$ 1,4 bilhão. Caso a compra se concretize, leis contratuais antitruste proíbem a empresa de adquirir a Repar, já que ambas as refinarias estão na mesma região.

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Neste cenário, a Repar deve ser negociada com o grupo Raízen, que disputava com a Ultra o ativo na região metropolitana de Curitiba, segundo fontes familiarizadas com a negociação. A empresa paulista é uma união da brasileira Cosan – forte na produção de etanol – com a anglo-holandesa Shell – dona de uma das bandeiras mais conhecidas de postos de gasolina no país. Ela já atua com refino em indústrias na Argentina.

As empresas não comentam a negociação.

Privatização da Repar

Além da refinaria em si, a venda da Repar envolve 476 quilômetros de oleodutos e 5 terminais de armazenamento. De acordo com a Petrobras, no documento de divulgação, a Repar é um bom negócio pelo mercado que se insere. “O Sul apresenta um dos mercados de derivados de petróleo mais maduros do país, com previsão de crescimento estável da demanda nos próximos anos”, diz a companhia.

A refinaria é capaz de produzir 208 mil barris por dia (aproximadamente 9% da capacidade de refino do Brasil), e tem facilidade de distribuição para outras regiões do país. Além disso, é da Repar 12% da produção de derivados de petróleo do Brasil – diesel, gasolina, GLP, querosene de aviação, por exemplo.