Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Paraná teve um 2023 bastante produtivo no setor de avicultura. Nos três primeiros semestres, o estado abateu 1,6 bilhão de cabeças de aves. Ou seja, o volume de carne produzida, com o peso total das carcaças, foi de quase 3,5 milhões de toneladas. Nas exportações, o setor de avicultura do estado movimentou US$ 3,2 bilhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Com esse total, o Paraná continua na liderança na produção nacional de frango, responsável por 34% dos abates do Brasil.
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Com destaque na exportação, em 2023, mais três frigoríficos com plantas no Paraná passaram por habilitação para vender carne de frango à China.
Mesmo com a produção em crescimento, os avicultores sentiram o impacto dos custos altos. “A maior alta foi da energia elétrica, em torno de 17% a 20%, na maior parte das regiões. A tarifa aumentou para o produtor rural e isso encareceu bastante. O avicultor usa muita energia elétrica para ventilação. O aviário é todo automatizado e tem um gasto grande”, salienta Fábio Mezzadri, técnico do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema Faep/Senar-PR.
O setor espera que 2024 continue com os bons índices de produção, mas que o lucro também alcance o avicultor. “O que pode ser feito é remuneração. O dólar tem se mantido. Soja e milho baixaram. Os insumos da ração diminuíram. Isso acarreta um custo de produção menor na indústria. Queríamos que tivesse uma melhor divisão de remuneração. A gente gostaria de ter uma participação melhor nos lucros”, ressalta Diener Santana, presidente da Comissão Técnica de Avicultura do Sistema Faep.
Ele afirma que a remuneração paga para o produtor não acompanha o sucesso das exportações do Paraná. Santana conta que a Faep, juntamente à Comissão de Avicultura do estado e às comissões regiões para acompanhamento, desenvolvimento e conciliação da integração, está organizando uma reunião para negociar com a indústria e expor a situação da remuneração dos avicultores. “O negócio tem que ser viável, mas tem que dar lucro também. Os pequenos produtores que dependem exclusivamente disso têm passado dificuldades”, acrescenta
Dados do IBGE mostram que cerca de 1,6 bilhão de cabeças de aves foram abatidas no Paraná no ano de 2023. Com isso, o volume produzido desta proteína no estado, somado o peso total das carcaças, chegou a 3,5 milhões de toneladas e não 3,5 bilhões de toneladas, como havia sido informado de forma errada.
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