Manifestações lideradas por caminhoneiros e promovidas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) desde a noite de domingo (30) estão mantendo bloqueadas e interditadas estradas estaduais e federais do Paraná. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no estado, com dados atualizados no início da manhã desta terça-feira (1), ao todo 42 pontos de bloqueio prejudicavam ou até mesmo impediam completamente a passagem de veículos nas rodovias federais paranaenses. Confira aqui onde ficam os bloqueios.
Os protestos contra a vitória de Lula (PT) nas eleições presidenciais atrapalham o trânsito na: BR-116, na BR-153, na BR-158, na BR-163, na BR-277, na BR-280, na BR-369, na BR-373, na BR-376 e na BR-476. O número dos pontos de bloqueio vem sendo atualizado no twitter da PRF. Pouco antes das 8h desta terça-feira, o Contorno Sul de Curitiba (BR-376) foi novamente interditado no quilômetro 590.
Na noite desta segunda-feira (30), a PRF obteve uma liminar (interdito proibitório) da Justiça Federal do Paraná, que penaliza os manifestantes que insistirem em não desobstruir as rodovias. Segundo a PRF, após a obtenção da liminar foi possível liberar 30 pontos bloqueados.
A PRF informou ainda que o plano de ação para desintegrar os bloqueios conta com esforço concentrado, inclusive com a convocação de policiais em folga. "Férias de servidores também foram suspensas no estado", afirmou o órgão.
Até o início da manhã, não houve registro de confronto entre policiais e manifestantes. No entanto, a PRF ressaltou que conta com o apoio da Polícia Militar, em todo o Paraná: "inclusive para o uso de força, se for necessário, o que é o último recurso".
"Os manifestantes e lideranças são identificados e, no caso de não desobstruírem a rodovia, serão notificados", acrescentou a PRF.
Estradas estaduais
Nas estradas estaduais, até o fim da tarde havia registro de pontos de bloqueio em pelo menos 28 municípios. Confira:
O governo do Paraná informou nesta segunda-feira (31) que vai encaminhar à Procuradoria-Geral do Estado pedido de ação judicial para garantir o desbloqueio das estradas estaduais. O pedido será feito por intermédio da Secretaria da Segurança Pública (Sesp).
Já a PRF revelou que a Advocacia-Geral da União entrou com ações em todas as unidades da federação em que existem bloqueios em rodovias federais. A PRF tentará conseguir liminares na Justiça Federal para impedir que os atos sigam interrompendo o tráfego nas estradas.
Ainda na noite desta segunda-feira, a Fetranspar (Federação das Empresas de Transportes de Cargas do Estado do Paraná) divulgou uma nota, assinada pelo Coronel Sergio Malucelli, reprovando o bloqueio das rodovias. Veja o que diz o documento:
A Federação das Empresas de Transportes de Cargas do Estado do Paraná – FETRANSPAR, entidade que representa mais de 20 mil empresas do setor no Estado do Paraná, juntamente com seus sindicados filiados, reconhece o direito da livre manifestação dos trabalhadores caminhoneiros que, desde a noite do último domingo (30/10) fecham estradas em diferentes pontos do Paraná.
Porém, a entidade afirma que essas manifestações trazem em paralelo os bloqueios em rodovias e impedem o tráfego também de caminhões responsáveis pela garantia do abastecimento, sobretudo aqueles que transportam os insumos básicos, a exemplo de alimentos, medicamentos, combustíveis e suprimentos para hospitais.
Neste sentido, a FETRANSPAR reprova os atos de bloqueios e impedimentos do tráfego de quaisquer veículos. Frisa ainda que trabalhadores das empresas de transportes do Estado do Paraná não integram esses grupos e desejam manter suas atividades na normalidade.
Para que isso ocorra, a entidade necessita a garantia da segurança dos motoristas e colaboradores do setor no exercício desta atividade fundamental. É imprescindível que haja a liberação das rodovias para que ocorra o tráfego normal de veículos.
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