O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou o projeto de lei que dá o nome do arquiteto e ex-governador do Paraná Jaime Lerner à nova ponte entre Brasil e Paraguai. A publicação foi feita no Diário Oficial da União da última quinta-feira (23), e denomina o trecho brasileiro da estrutura entre Foz do Iguaçu e Presidente Franco como “Ponte da Integração Jaime Lerner”. Do lado paraguaio, a ponte receberá o mesmo nome da cidade onde a estrutura está sendo erigida.
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De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), que está executando a obra a partir de ambas as margens, a construção já está 86% executada. A ponte terá 760 metros de comprimento – destes, 470 metros serão de vão livre. Faltam pouco mais de 75 metros para que os dois lados da ponte se encontrem, bem na divisa entre os dois países. O investimento feito pela Itaipu Binacional, responsável pelo custeio da obre, é de mais de R$ 200 milhões até o momento.
Nome de Jaime Lerner foi alvo de críticas
O nome de Jaime Lerner foi alvo de críticas de políticos e empresários de Foz do Iguaçu ainda no começo da tramitação. Quando o texto foi aprovado no plenário da Câmara dos Deputados, em agosto de 2021, empresários e vereadores da cidade se posicionaram contrários à adoção do ex-governador como homenageado na nova ponte.
“Não houve consulta popular, nem às autoridades locais, nem à Sociedade Civil Organizada, nem à Itaipu, que é quem está bancando a obra e quem deu esse nome de ponte da Integração. Temos a ponte da amizade e, agora, essa que fará a integração econômica entre os dois países deverá se chamar ponte da integração. A sociedade já aprovou esse nome, o lado paraguaio também. É inoportuno um deputado que nem da cidade é propor trocar esse nome”, disse, à época, o presidente da Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, Ney Patrício (PSD).
Nem mesmo durante as discussões do projeto de lei no Congresso houve aprovação geral e irrestrita ao nome de Jaime Lerner. O deputado Sargento Fahur (PSD-PR), que substituiu o deputado Fred Costa (Patriota-MG) na leitura do parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, declarou não concordar com a homenagem. “Com todo o respeito à memória do Jaime Lerner, eu não concordo com o nome da ponte porque este homem encheu o Paraná de pedágios”, disse.
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