Deslizamento de terra interditou a BR-277 no final do ano passado, na ligação entre a capital e o litoral do estado.| Foto: Rodrigo Félix Leal/Seil
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Um levantamento do COI (Centro de Operações Integradas) do DER-PR (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná) mostra que a região em que houve deslizamento de terra e afundamento da pista, no ano passado, concentra o maior número de acidentes na descida de Curitiba ao litoral pela BR-277. Os dados, compilados a pedido da Gazeta do Povo, se referem ao período entre 2 de março de 2022 e 17 de maio de 2023.

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Em outubro e novembro de 2022, deslizamentos de terra e rochas interditaram a rodovia entre os quilômetros 39,5 e 42. Já em 2023 houve fechamento da estrada por causa do afundamento do pavimento no quilômetro 33,5.

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Segundo o levantamento do COI, o quilômetro 32, em Morretes, foi o que registrou o maior número de acidentes veiculares, com ou sem vítimas, na ligação da capital ao litoral via BR-277: foram 67 ocorrências no período. Entre os 11 locais com maior número de acidentes, só um não fica na região de Morretes. Veja a lista:

Número de acidentes em cada ponto

  • Km 32, em Morretes – 67;
  • Km 36, em Morretes – 55;
  • Km 33, em Morretes – 37;
  • Km 42, em Morretes – 33;
  • Km 10, em Paranaguá – 29;
  • Km 31, em Morretes – 29;
  • Km 38, em Morretes – 26;
  • Km 41, em Morretes – 23;
  • Km 39, em Morretes – 22;
  • Km 40, em Morretes – 20;
  • Km 44, em Morretes – 20.

Pedágio só volta em 2024

Apesar de fazer o monitoramento das ocorrências, o DER-PR afirma que a responsabilidade pela BR-277 é do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), do governo federal, que deve "analisar os dados e avaliar possíveis medidas em relação a eles".

A descida de Curitiba ao litoral pela BR-277 está incluída no lote 2 do novo pedágio no Paraná, que teve edital publicado no início da semana. Se o cronograma previsto pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) for cumprido, o leilão da nova concessão acontece no dia 29 de setembro. O contrato de concessão será assinado apenas em 26 de janeiro de 2024.

Enquanto isso, a estrada segue com manutenção e serviços sendo oferecidos pelos governos federal e estadual. O Ministério dos Transportes, pasta à qual o Dnit é vinculado, afirma que tem contratos para garantir a conservação da rodovia até que a nova concessão comece. Já o DER-PR oferece serviços de operação de tráfego rodoviário, incluindo guinchos e caminhão para lidar com animais soltos na pista.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]