O coronavírus virou motivo de fake news espalhadas nas redes sociais: ação é crime.
O coronavírus virou motivo de fake news espalhadas nas redes sociais: ação é crime.| Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), de Guarapuava, interrogou uma mulher que espalhou notícias falsas sobre a morte de um médico por coronavírus no município. A fake news criada por ela foi postada no Facebook. Durante o interrogatório, no Ministério Público, ela confessou que inventou a informação e se declarou arrependida. A infração por ela cometida se enquadra no artigo 41 da Lei das Contravenções Penais: “provocar alarma, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto”, com pena prevista de prisão simples de 15 dias a seis meses ou multa. Por isso, um termo circunstanciado foi feito e encaminhado ao Juizado Especial Criminal de Guarapuava. Na última semana, um caso semelhante aconteceu em Londrina. A infratora gravou e divulgou um áudio de WhasApp falando sobre uma situação caótica no Hospital Universitário do município, em que os médicos estavam escolhendo os pacientes que iriam salvar e aqueles que morreriam. A autora precisou se retratar, gravar um novo áudio explicando a mentira, e também irá responder por contravenção penal. Em Cascavel, na última terça-feira (25), a 9ª Promotoria de Justiça encaminhou ao Juizado Especial Criminal o pedido para que uma "influenciadora digital" da região fosse responsabilizada por utilizar as redes sociais para causar alarde e pânico com a divulgação de conteúdos falsos sobre a doença.