Um artigo publicado na Gazeta do Povo na semana passada de autoria do prefeito Rafael Greca (DEM) levantou um debate acerca da demanda por imóvel na cidade. Greca destacou as mudanças no zoneamento de Curitiba, mas ressaltou que o crescimento da cidade está em outro ritmo do que o observado anos atrás.
O prefeito falou sobre o número de metros quadrados de área licenciada para imóveis que ainda não foram concluídos – bem acima da demanda de 2,5 milhões de metros quadrados por ano. “Com a sobra que temos, daria para a Secretaria de Urbanismo ficar dois anos sem licenciar novos projetos, e ainda assim o mercado permaneceria atendido. Além disso, projeções (...) para 2020 apontam que a população curitibana irá oscilar em torno de 2 milhões de habitantes, com uma taxa de crescimento estimada de cerca de 1% ao ano”, afirmou no texto.
O setor produtivo, porém, diz que a demanda por imóveis caiu por conta da crise econômica e também pelo custo da terra em Curitiba. “A questão toda é: por que esses projetos licenciados não saíram do papel? Não se construiu porque não havia mercado, mas não havia em Curitiba. Basta ver o crescimento em Fazenda Rio Grande. Um dos pontos que discutimos é justamente esse, do encarecimento do imóvel, seja pela outorga, seja pela redução de parâmetros. Isso tudo tem elitizado a moradia de Curitiba”, afirma Rodrigo Rosalem, da Fecomércio. Com tudo isso, imóveis para moradia popular estão inviáveis em Curitiba, diz Rosalem. A habitação de interesse social é tratada em outro projeto de lei que também tramita na Câmara Municipal.