Um dos convidados da Frente Parlamentar do Coronavírus na Assembleia Legislativa do Paraná para falar sobre registros de pessoas que estão “furando a fila” da vacina contra a Covid-19, o coordenador-geral de Fiscalização do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Rafael Ayres, antecipou preocupação com o momento da imunização do grupo das pessoas que apresentam alguma comorbidade. “Acho que o grande desafio será quando chegar a vez das pessoas com comorbidades. Acho que tem uma zona cinzenta maior quando você fala em comorbidade. Então, de pronto, eu já faria aqui um apelo à Secretaria de Estado da Saúde e aos secretários municipais de Saúde para que se pense de que maneira vai se comprovar esta comorbidade. É claro que já há algumas definições nos planos de vacinação, mas reforço para que haja um cuidado grande, um respeito, para a necessária ordem de vacinação”, afirmou ele, durante reunião remota da frente parlamentar, na manhã de segunda-feira (19).
Desde o início da campanha de imunização, o TCE tem orientado e fiscalizado os municípios paranaenses para que haja respeito à fila da vacina, na ordem estabelecida pelo Ministério da Saúde. Dos quase 30 grupos populacionais considerados prioritários na fila da vacinação contra a Covid-19 no Paraná, as pessoas que apresentam algum tipo de comorbidade representam uma parcela expressiva. O número estimado de moradores do estado pertencentes ao grupo, e que possuem entre 18 e 59 anos de idade, é superior a 1 milhão. De acordo com o plano nacional de vacinação, as pessoas com comorbidades devem ser chamadas para receber a primeira dose do imunizante logo após os idosos.