A Justiça Estadual acolheu um pedido de liminar para bloquear mais de R$ 22 milhões (R$ 22.312.500,00) de quatro pessoas físicas e duas empresas, no bojo de uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa na qual figuram entre os réus o ex-prefeito de Campo Largo Affonso Portugal Guimarães e o seu filho Alexandre Guimarães (PSD), ex-deputado estadual e atualmente comissionado da gestão Ratinho Junior (PSD) no governo do Paraná. A decisão, do último dia 2, é assinada pelo juiz Eduardo Novacki, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Campo Largo.
Por já estar com os bens bloqueados em outro processo, Affonso Guimarães não foi atingido pela liminar, apenas seu filho Alexandre Guimarães.
Autor da ação civil pública, o Ministério Público do Estado do Paraná (MP-PR) sustenta que houve ilegalidades em licitações realizadas no ano de 2014 pela prefeitura de Campo Largo para fornecimento de mão de obra médica. Naquele ano, pai e filho eram prefeito e secretário de Campo Largo, respectivamente. De acordo com o MP, as contratações foram direcionadas para beneficiarem um aliado político da família Guimarães.
O bloqueio dos bens serve para garantir o ressarcimento aos cofres públicos em caso de condenação. Se os réus forem condenados por ato de improbidade administrativa, podem receber sanções como a suspensão dos direitos políticos, proibição de contratar com o Poder Público, devolução dos valores recebidos indevidamente e multa.