As cirurgias eletivas estão suspensas até o dia 15 de julho nos hospitais públicos e privados do Paraná. A decisão consta na Resolução 587/2021 da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), assinada nesta quarta-feira (30) pelo secretário à frente da pasta, Beto Preto. De acordo com o governo estadual, a medida ajuda a controlar a utilização de medicamentos do chamado "kit de intubação" nesse período em que a ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) continua alta.
“A medida é necessária tendo em vista que o Paraná passa por um momento de utilização massiva de anestésicos e relaxantes musculares. Os dados de ocupação da rede exclusiva de atendimento Covid-19 apontam índices de 94% em UTIs e 61% em enfermarias. São 1.881 pessoas internadas apenas na rede SUS nesta quarta-feira (30)”, explica o governo estadual, através da Agência Estadual de Notícias (AEN), órgão oficial de comunicação.
Ainda de acordo com a resolução da Sesa, os procedimentos de cardiologia, oncologia e nefrologia podem ser realizados, além de exames de caráter de urgência, com a assinatura do médico, ou a critério do profissional, desde que sejam considerados de urgência ou emergência. Da mesma forma, a resolução autoriza o atendimento ambulatorial ou de hospital-dia que não utilizem medicamentos de bloqueio anestésico endovenoso.
Pouco tempos antes do anúncio da Sesa, a prefeitura de Curitiba divulgou que, entre as mudanças que estava promovendo nesta quarta-feira (30) no seu decreto sobre as medidas de enfrentamento à pandemia, havia a liberação das cirurgias eletivas. A Sesa, contudo, afirma que a resolução estadual deve ser seguida em Curitiba, por ser mais restritiva. A pasta se baseia na decisão de abril do ano passado do Supremo Tribunal Federal (STF), que trata das competências concorrentes das diferentes esferas.