Os cerca de 2,5 mil estudantes da rede municipal de ensino de Prudentópolis, na região central do Paraná, entraram nesta semana sem previsão de retorno às aulas. A greve dos professores, anunciada no último dia 31 de maio e iniciada em 3 de junho, completou 10 dias nesta segunda-feira (13). A categoria pede um reajuste de 33% nos salários.
De acordo com a APP-Sindicato, entidade que representa os professores, a principal reivindicação da categoria é a equiparação entre o salário inicial da rede municipal em Prudentópolis e o piso do magistério.
“Os professores entraram em greve por tempo indeterminado para cobrança do reajuste do Piso Nacional em toda a carreira. A lei federal prevê um reajuste de 33,24% e a lei municipal prevê a estrutura de carreira. Até esse momento o prefeito concedeu apenas reposição da inflação de 2020-21 e a categoria está reivindicando que seja superado um achatamento de carreira em torno de 31% com a correção na forma prevista do piso nacional. Os professores querem valorização da educação”, afirmou o secretário executivo de Assuntos Municipais da APP, Antônio Marcos Rodrigues Gonçalves, que participou da mobilização da greve dos professores em Prudentópolis.
A Prefeitura afirmou que não será possível conceder o aumento pleiteado pelo sindicato, uma vez que o Município não teria recursos suficientes para atender à demanda. Os estudantes, que deveriam estar nas salas de aula das 53 escolas municipais, seguirão em casa enquanto perdurar a greve.