O Paraná vai seguir orientação do Ministério da Saúde na aplicação da vacina da Covid-19 da Pfizer, com intervalo bem maior entre as doses do que o estipulado na bula. Enquanto o laboratório indica 21 dias de intervalo, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) vai aplicar a segunda dose no espaço de três meses, ou seja, 90 dias, o mesmo da vacina da Aztrazeneca. "Estamos seguindo as orientações do Ministério da Saúde, que nos indica que é possível fazer desta maneira", afirma a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes.
A opção do Ministério da Saúde acatada pela Sesa segue o padrão de aplicação da Pfizer no sistema de saúde britânico. O Reino Unido aumentou o intervalo de doses para 12 semanas após estudos comprovarem eficácia de 80% da vacina já na primeira dose. Pesquisas nos Estados Unidos e Israel, que junto com o Reino Unido são os três países com a vacinação mais adiantada no mundo, também comprovam a mesma eficácia.
"Devido à necessidade de ampliar a vacinação em todo o país, considerando o cenário de transmissão do vírus da Covid-19, o Ministério da Saúde, em consonância com as discussões realizadas no âmbito da Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças Transmissíveis, optou por adotar o intervalo de 12 semanas para a vacina da Pfizer", explica nota técnica enviada aos estados sobre o intervalo das doses.
O primeiro lote de 32.760 doses de Pfizer enviado ao estado ficará todo em Curitiba e começar a ser aplicado quinta-feira (6), no início da segunda fase da Campanha Nacional de Imunização, após a conclusão da aplicação da primeira dose em idosos nesta quarta-feira (5). O público alvo da segunda fase são pacientes com comorbidades, grávidas e puérperas - mulheres que tiveram filho em 45 dias. A prefeitura de Curitiba confirma que o intervalo entre as doses será de 12 semanas.