Após a prefeitura demitir uma enfermeira semana passada por tomar a vacina anticovid fora da ordem do plano emergencial de vacinação, mais dois fura-filas foram identificados em Cascavel, no Oeste do Paraná. Os dois casos também foram semana passada. Tratam-se de um guarda patrimonial - servidor público que cuida do patrimônio do município - que tomou a dose em uma UPA e uma pessoa imunizada em um hospital particular. O que chama a atenção é que nos dois casos a vacina foi aplicada pela mesma pessoa, que agora é investigada por um procedimento interno. Na fase emergencial, apenas profissionais da saúde da linha de frente da Covid-19, idosos em asilos e seus cuidadores e índios serão vacinados.
Sábado (30), a prefeitura de Cascavel exonerou uma enfermeira lotada na Secretaria Municipal de Esportes que tomou a vacina. Ela furou a fila ao dizer que iria falar com um amigo no centro de exposições, que concentra a maior parte da vacinação em Cascavel. O caso foi encaminhado ao Ministério Público e a prefeitura também abriu sindicância para averiguar se a vacinadora agiu de má fé ou se foi enganada pela enfermeira. "Quem tenta desenvolver ação que vá contra a ordem do plano municipal de imunização pode ser responsabilizado pelo Código Penal, como também por peculato e outros crimes contra a administração pública", ressalta o promotor de Justiça de Cascavel Angelo Mazzuchhi Ferreira, em entrevista nesta terça-feira (2) ao Bom Dia Paraná, da RPC.