A polícia cumpriu um mandado de prisão contra Azemir João de Barros, conhecido como Alzemir Manfron, condenado como mandante do assassinato de Miguel Donha, então pré-candidato a prefeito de Almirante Tamandaré. Donha era bancário e filiado ao PPS, hoje Cidadania.
O crime ocorreu no início de 2000, quando a prefeitura era comandada por César Manfron, candidato à reeleição e irmão do condenado pelo assassinato. Na noite da morte, Donha e sua mulher, Iara, retornavam de um casamento quando foram abordados por dois homens no portão da chácara do casal. Ambos foram levados até Rio Branco do Sul e, no trajeto, Iara foi abandonada pela dupla. Em seguida, os criminosos dispararam contra as pernas de Donha, que teve uma artéria perfurada e não resistiu.
Os executores confessaram que foram contratados, por R$ 300 e um cargo na prefeitura, para dar um "susto" em Donha. O mandante foi identificado como o irmão do prefeito, que acabou condenado, por júri popular em 2017, a 16 anos e sete meses de prisão. A defesa recorreu, mas a apelação não foi aceita e o mandado de prisão foi expedido, determinando que a polícia capturasse Alzemir Manfron para o cumprimento da pena. Ele foi detido no dia 10 e levado para o Complexo Médico Penal em Pinhais.