Médica Virgínia Helena Soares de Souza.| Foto: Átila Alberti/Arquivo/Tribuna do Paraná
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O Tribunal de Justiça do Paraná decidiu nesta quinta-feira (27) que a médica Virgínia Helena Soares de Souza, acusada de matar pacientes enquanto comandava a UTI do Hospital Evangélico de Curitiba, será julgada pelo tribunal do júri da capital por homicídio doloso. A decisão foi tomada por dois votos a um, na 1ª Câmara Criminal do TJ-PR, atendendo a uma apelação do Ministério Público do Paraná (MP-PR) após a médica e outras sete pessoas terem sido inocentadas em 2017 na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba.

Assim, o tribunal decidiu agora que a médica e quatro outras pessoas encarem júri popular. Dois acusados no início do processo foram inocentados a pedido do MP-PR. O julgamento desse recurso na 1ª Câmara Criminal do TJ-PR havia começado no dia 22 de abril e ainda não terminou, já que houve novo pedido de vista. Ele deve ser retomado dia 10 de junho para definição se os réus serão julgados pelo crime de homicídio simples ou qualificado.

Em nota, o advogado de defesa da médica, Elias Mattar Assad, revelou que sempre confiou na Justiça e em todas as provas periciais e testemunhais do processo, que na visão dele indicam inexistência do fato criminoso. Ele informou ainda que irá recorrer em todas as instâncias. “A médica é inocente e em toda a sua carreira tomou decisões baseadas em literatura”, destacou.

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Relembre o caso

médica Virgínia Soares de Souza e funcionários da UTI subordinados a ela foram presos em 2013 investigados por supostamente antecipar a morte de sete pacientes da UTI do Hospital Evangélico. O objetivo seria de liberar leitos. Os crimes teriam ocorrido entre 2006 e 2013.