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Anderson Gustavo Torres.| Foto:

O ministro da Justiça, Anderson Torres, enviou um ofício ao governo do Paraná para que seja feita uma “devida apuração” da invasão da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, no último sábado (5). O ato, liderado pelo vereador Renato Freitas (PT), foi inicialmente organizado como protesto contra o racismo.

“Com meus cordiais cumprimentos, reporto-me aos fatos ocorridos no último dia 5 de fevereiro do corrente ano, contra a igreja do Rosário e a comunidade católica de Curitiba, conforme amplamente divulgado pelos meios de comunicação. A esse respeito, solicito os préstimos de Vossa Excelência no sentido de que haja a devida apuração dos fatos pela autoridade de Polícia Judiciária do Estado”, escreveu o ministro ao governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD).

O vereador Renato Freitas publicou uma nota confirmando ter feito o protesto em memória e por justiça pelas mortes de Moïse Mugenyi e Durval Teófilo Filho. De acordo com o vereador, durante manifestação realizada em frente ao templo, "um diácono responsável pela igreja, solicitou que os manifestantes fossem para outro local, sob a justificativa de que o ato não deveria coincidir com a saída dos religiosos da missa que havia se encerrado".

A invasão foi alvo de uma série de pedidos de cassação do mandato do vereador por suposta quebra de decoro. Quatro dessas representações foram admitidas pela Câmara Municipal de Curitiba nesta quinta-feira (10). Os processos agora serão enviados ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, para instauração de procedimento de investigação que pode resultar nas seguintes penalidades: censura pública; suspensão de prerrogativas regimentais; suspensão temporária; ou perda de mandato. Também há a possibilidade de arquivamento das representações.