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Os paranaenses usam recursos públicos, como saúde e educação, sem saber quanto efetivamente custou para oferecer aqueles serviços. Essa é uma angústia declarada do secretário estadual de Fazenda, Renê Garcia Junior. Acostumado a responder tudo com números, ele acredita que falta uma espécie de precificação do trabalho prestado pelo estado, para que a população compreenda onde foi aplicado o valor arrecadado.

Por causa disso, ele prepara o que chamou de Nota Fiscal Invertida. Assim, ao ser atendido em um hospital, o contribuinte sairia com uma espécie de recibo, mostrando quanto dinheiro público foi comprometido naquele atendimento (considerando não só o trabalho dos servidores e os produtos diretamente usados, mas também a estrutura indireta necessária para dar suporte). O projeto deve ser financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com quem o governo do Paraná já assinou um protocolo de intenções.

O secretário reconhece que é complexo o processo de precificação, mas ele acredita que seria importante para buscar a valorização do serviços públicos. "Não é trivial, mas a beleza está no fato de que ainda ninguém fez", comenta.

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