Salão de festas onde ocorreu a morte de Marcelo Arruda, em Foz.| Foto: Juliet Manfrin/Especial para a Gazeta do Povo
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Os registros de acesso às câmeras de segurança do salão de festas onde ocorreu o tiroteio em que o agente penal Jorge Guaranho matou o guarda municipal Marcelo Arruda foram apagados dois dias após o crime. Segundo laudo dos peritos, juntado à ação penal nesta terça-feira (2), no dia 11 de julho os dados que indicariam quem teve acesso às imagens do circuito interno foram deletados. Com isso, não é possível confirmar que Guaranho viu imagens da festa que era realizada no local antes de se dirigir para lá. A informação é do portal G1.

Solicitada pela Polícia Civil, a perícia foi realizada por cinco peritos. Além de constatar a "limpeza" dos dados de acesso no equipamento da Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu (Aresf), eles também tinham o objetivo de investigar se houve alguma adulteração dos vídeos. De acordo com o laudo, nenhum indício nesse sentido foi encontrado.

O crime ocorreu no dia 9 de julho, em Foz do Iguaçu, quando Marcelo Arruda, que é também tesoureiro do PT, comemorava seus 50 anos em uma festa com o tema do Partido dos Trabalhadores e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apoiador declarado do presidente Jair Bolsonaro, Guaranho apareceu no local do evento e, segundo testemunhas, teria iniciado provocações de cunho político-partidário. A confusão terminou em troca de tiros entre ambos, com os dois sendo atingidos por disparos. Arruda não resistiu aos ferimentos. Ainda internado, Guaranho é réu por homicídio duplamente qualificado. A denúncia contra ele foi apresentada à Justiça antes mesmo do fim das perícias.

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