Prefeitos da Associação dos Municípios do Litoral do Paraná (Amlipa) estão reclamando sobre as dificuldades que enfrentam para tirar obras do papel e pedem apoio da sociedade contra medidas que eles entendem como prejudiciais ao desenvolvimento da região. A manifestação conjunta feita na tarde desta terça-feira (28) acontece dias após vir à tona uma ação penal e uma ação civil pública propostas pelo Ministério Público do Estado do Paraná (MP-PR) contra etapas da licitação do governo do Paraná que prevê a engorda da orla de Matinhos. A obra também está sendo questionada pela Universidade Federal do Paraná, que endossa notas técnicas apontando problemas ambientais.
Durante coletiva de imprensa, prefeitos da região reforçaram que “ninguém é contra a preservação do meio ambiente”, mas que faltaria um olhar adequado para “obras aguardadas há décadas”. As autoridades locais chamam a atenção para o empobrecimento da população e dizem temer a perda de recursos que hoje estão sendo reservados pelo governo estadual para a região. Sem entrar em detalhes sobre pontos levantados pelo MP, eles pedem ainda que haja “um engajamento da sociedade, dos parlamentares, da imprensa e do empresariado” para tentar executar as obras. Além da engorda da orla de Matinhos, eles citaram a ponte de Guaratuba e a Faixa de Infraestrutura, por exemplo.
Dos sete municípios que compõem a Amlipa, apenas Morretes não tinha representante na coletiva de imprensa convocada. Estavam presentes o prefeito de Paranaguá, Marcelo Roque (PODE); de Matinhos, Zé da Ecler (PODE); de Pontal do Paraná, Rudão Gimenes (MDB); de Antonina, Zé Paulo (PSD); de Guaratuba, Roberto Justus (DEM); e a prefeita de Guaraqueçaba, Lilian Narloch (PSC).