O envio ao Paraná de um lote de 14.600 mil doses de Coronavac no último sábado (1.º) não foi suficiente para acabar com a preocupação da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) na aplicação da segunda dose da vacina produzida pelo Instituto Butantan. Além dessa remessa, o estado recebeu nesta segunda-feira (3) outro lote com 391.500 mil doses da Astrazeneca produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que já estão sendo distribuídas para o início da imunização de pessoas com comorbidades, grávidas e mulheres que deram a luz há 45 dias. Já o primeiro envio de vacinas da Pfizer, com 32.760 ampolas que exigem ultracongelamento e serão todas destinada a Curitiba, foi adiado para a manhã de terça-feira (4).
O secretário estadual de Saúde, Beto Preto, afirma que vai conversar com o Ministério da Saúde para que as próximas cargas de Coronavac sejam entregues com prioridade aos municípios que estão com a aplicação da segunda dose atrasada. "Temos que garantir a segunda dose onde está faltando. O cidadão que recebeu já recebeu a primeira dose precisa fechar a imunização com a segunda dose", enfatizou o secretário em entrevista coletiva nesta segunda-feira.
Perguntando se há risco de a situação virar uma bola de neve, Beto Preto respondeu: "Trabalhamos todos os dias para não acontecer isso". Mesmo assim, o secretário de Saúde não deixou de lamentar o envio de poucas doses no último sábado. "São apenas 14 mil doses, isso não resolve a situação", aponta Beto Preto, que enfatizou que essa quantidade não atende apenas a segunda dose de idosos, mas também a imunização de profissionais se saúde e da segurança pública.
Por isso Beto Preto tem orientado os municípios para que não usem as vacinas destinadas para segunda dose na aplicação da primeira em outros grupos. "É uma situação em que há pontos com falta mais grave ", argumenta o secretário. "O que fez faltar Coronavac no Brasil todo foi o atraso do IFA [insumo farmacêutico ativo] ao Butantan. Isso vai chegar dentro de alguns dias e aí teremos doses para a segunda aplicação da Coronavac", confia o secretário.