Cemitério Municipal de Nova Esperança.| Foto: Google Street
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Dois dos três organizadores de uma festa clandestina em Nova Esperança, no Noroeste do Paraná, terão que trabalhar gratuitamente seis meses no cemitério do município. A determinação foi resultado de um acordo feito pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) que suspendeu o oferecimento de denúncia por crime contra a saúde pública em troca de os acusados prestarem serviços comunitários à sociedade. Um dos organizadores não aceitou o acordo.

A festa foi dia 3 de abril em um sítio onde o proprietário já havia sido multado pela Vigilância Sanitária por descumprir o decreto municipal de prevenção da Covid-19. A prefeitura multou o dono do sítio em R$ 5 mil e 16 dos participantes da festa foram multados em R$ 300 cada um. No fim de semana da festa, o município estava de luto oficial pela morte de três pessoas no mesmo dia.

A fiscalização municipal chegou aos organizadores e parte do público a partir de vídeos postados nas mídias sociais no dia do evento. "Identificamos nas imagens um dos organizadores e o local. No outro dia, uma segunda-feira, fomos lá e encontramos vestígios da festa. Além disso, o próprio organizador admitiu que organizou a festa", explica o chefe da fiscalização de Nova Esperança, Rogério Ferrete, em entrevista ao jornal Meio Dia Paraná, da RPC.

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Até quarta-feira (7), Nova Esperança somava 2,9 mil casos de Covid-19 - praticamente 10% da população de 28 mil moradores do município foi infectada. No total, a cidade teve 78 mortes por coronavírus. Semana passada, Nova Esperança já havia sido destaque no noticiário nacional da pandemia ao decidir empurrar para o fim da fila quem atrasa a imunização em busca da marca de dose que deseja, os sommeliers de vacina. Em Curitiba, a Câmara discute projeto de lei para empurrar para o fim da fila da vacinação quem for flagrado em festas clandestinas.