O Tribunal Regional Federal da 4ª Região, negou pleito de suspensão de liminar formulado por Gralha Azul Transmissão de Energia S.A, o braço da multinacional Engie responsável pelas obras das Linhas de Transmissão Gralha Azul, que cortam os Campos Gerais paranaenses, passando pela área de preservação da Escarpa Devoniana. Desde o dia 6 de outubro, as obras estão suspensas pela Justiça Federal do Paraná, que acatou ação civil pública movida por entidade de proteção ao meio ambiente contra a supressão vegetal necessária para a continuidade da obra. Ao negar o recurso da Engie, o presidente do TRF4, Victor Laus, sustentou que “eventual lesão econômica pode ser reparada; a lesão ambiental, por sua vez, jamais poderá ser restaurada caso executados os trabalhos de construção civil, ante o impacto que provocam. Confrontados o interesse privado e o público, deve-se privilegiar este - que é irreparável - em detrimento daquele. Havendo o prosseguimento da construção, corre-se o risco de autorizar provimento apto a macular a fauna e a flora locais de maneira irreversível”.