Projeto teve apoio de 27 dos 38 vereadores da Câmara Municipal de Curitiba.
Projeto teve apoio de 27 dos 38 vereadores da Câmara Municipal de Curitiba.| Foto: Rodrigo Fonseca/CMC

A Câmara Municipal de Curitiba aprovou nesta terça-feira (14), em segunda votação, a criação do Conselho Municipal da Diversidade Sexual (CMDS). A proposta, que entrou em discussão na Casa há quase um ano, agora segue para sanção ou veto do prefeito da capital paranaense, Rafael Greca (PSD). Ao todo, 27 dos 38 vereadores de Curitiba foram favoráveis à criação do conselho.

Pelo texto, as atribuições do CMDS compreendem a execução do Plano Municipal de Políticas da Diversidade Sexual (PMPDS), o assessoramento aos demais órgãos do Executivo, a organização da conferência municipal e a participação nas conferências estadual e nacional de Políticas da Diversidade Sexual, além do encaminhamento de denúncias de agressões contra a população LGBTQIA+.

Entre os parlamentares que votaram a favor da criação do CMDS, a vereadora Professora Josete (PT) apontou que 84% das pessoas LGBTQIA+ sofrem discriminação nas ruas e 53,8% das que moram na Grande Curitiba não são aceitas pelas suas famílias. “A população LGBTIQA+ é historicamente estigmatizada e vulnerável. Ela precisa ser acolhida e respeitada, ter atendimento adequado na Saúde e poder ir à escola”, reforçou a vereadora.

Já o vereador Ezequias Barros (PMB) apresentou voto contrário ao novo conselho. Segundo ele, a Câmara estaria criando privilégios com recursos públicos. “Quem será beneficiado? Serão dadas aulas nas escolas defendendo ideologia de gênero? O movimento LGBT pode entrar nas escolas para falar dos seus assuntos, mas a igreja está proibida. A igreja só está liberada para entrar nos presídios. A Constituição Federal já nos dá condição de igualdade, mas nós vamos criando guetos”, completou.