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UTI do Hospital Santa Clara, em Colorado, na região Norte do Paraná
UTI do Hospital Santa Clara, em Colorado, na região Norte do Paraná| Foto: Geraldo Bubniak/AEN

No Paraná, após um colapso da rede hospitalar no último mês de março, os números da pandemia do coronavírus melhoraram em abril, mas seguem preocupantes. A comparação foi feita pela Gazeta do Povo a partir da compilação de dois dados (veja gráficos logo abaixo) disponibilizados em boletins diários da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa): o número de pessoas que aguardam na fila de espera de um leito adequado para tratamento da Covid-19; e o número de pessoas internadas com sintomas da doença nas redes pública e privada.

Em 16 de março, a fila de espera registrou um recorde: 1.357 pessoas com sintomas da Covid-19 aguardavam transferência para um leito adequado naquele dia. De acordo com a Sesa, as pessoas estavam sendo atendidas provisoriamente em unidades de saúde de pequeno porte – uma UPA ou uma UBS, por exemplo. Das 1.357 pessoas da fila, 641 precisavam de um leito de UTI e 716 aguardavam um leito clínico, de enfermaria. Um mês depois, a fila reduziu. Em 16 de abril, última sexta-feira, o número de pessoas na fila caiu para 275. Do total, 123 pessoas esperavam leitos de UTI e 152 aguardavam leitos clínicos. A explosão da fila de espera em março ocorreu mesmo com a abertura de mais 1.447 leitos exclusivos para tratamento da Covid-19, segundo o governo estadual.

Assim como a fila de pessoas que aguardam leitos adequados, o número de internações também caiu entre março e abril, mas ele ainda segue elevado. No caso das internações, o recorde foi registrado em 30 de março: naquela data, 5.754 pessoas estavam internadas com sintomas da Covid-19 no Paraná. Eram 4.899 pacientes internados na rede pública e 855 na rede particular. Quase 20 dias depois, em 18 de abril, último domingo, o número caiu para um total de 4.767 pacientes: 4.173 na rede pública e 594 na rede particular. Apesar da queda, o número permanece elevado: em 1º de janeiro, por exemplo, 2.602 pessoas estavam internadas e, em 1º de fevereiro, eram 2.578.

Após o Carnaval, quando os números da pandemia começaram a crescer de forma veloz, o governo estadual e prefeituras de municípios reforçaram medidas restritivas na tentativa de diminuir a disseminação do coronavírus. Em 27 de fevereiro, entrou em vigor um decreto do governo estadual que determinava, entre outras coisas, o fechamento do comércio não essencial e o toque de recolher entre 20h e 5h. As normas se estenderam até 9 de março. Mas, nos municípios, outras medidas restritivas também começaram a ser adotadas a partir daí, já que os números da pandemia ainda cresciam. Em Curitiba, por exemplo, a prefeitura anunciou uma espécie de “lockdown” em 13 de março – e a chamada “bandeira vermelha” durou até 5 de abril.

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