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Sessão na Alep repercutiu cassação de Deltan pelo TSE
A Assembleia Legislativa do Paraná.| Foto: Henry Milleo/Arquivo/Gazeta do Povo

Deputados estaduais comentaram, na sessão plenária desta quarta-feira (17) da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que cassou o mandato de Deltan Dallagnol (Podemos-PR). Deltan foi o deputado federal mais votado pelo Paraná nas eleições 2022. Parlamentares apoiadores da Operação Lava Jato criticaram a cassação, enquanto outros deputados, incluindo os de esquerda, defenderam a determinação do TSE e disseram que é preciso respeitar decisões judiciais.

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Na tribuna, Denian Couto (Podemos-PR) afirmou que o TSE promoveu a "vitória da banda podre da política nacional".

"Aqueles que se envolveram com corrupção estão todos eufóricos. Afinal, eles venceram".

Deninan Couto, deputado estadual (Podemos-PR)

Segundo o parlamentar, quem perde com a cassação são o Brasil, o Paraná e a moralidade na política. Já Luiz Fernando Guerra (União Brasil-PR) defendeu que o TSE não calou Deltan Dallagnol, mas sim os 344.917 eleitores que votaram pela sua eleição.

"O Paraná é um estado de gente honesta que quer diariamente fazer um Brasil melhor. (...) Nós fomos eleitos para fazer a diferença. Deltan Dallagnol foi cassado por um propósito político e não jurídico".

Luiz Fernando Guerra, deputado estadual (União Brasil-PR)

Mabel Canto (PSDB) se disse "estarrecida" com a decisão. "Acho que quem perde são os eleitores. Eu fico indignada, acho que não temos o que comemorar. Quem está perdendo é a democracia", afirmou.

Marcio Pacheco (Republicanos) afirmou que a decisão foi "uma vergonha". "É um sentimento de revolta, de indignação, de incompreensão, de desrespeito e de impotência", disse.

Tito Barichello (União Brasil) classificou o episódio como "um dos mais tristes para a democracia brasileira".

"Tivemos uma decisão completamente divorciada do ordenamento jurídico pelo TSE. (...) A cassação ocorreu ao arrepio da lei".

Tito Barichello, deputado estadual (União Brasil)

À Gazeta do Povo, Fabio Oliveira (Podemos) disse que a cassação foi um "teatro jurídico". "O julgamento não foi feito de uma maneira técnica. Os votos me pareceram mais discurso político que uma análise fundamentada na lei", avaliou.

Presidente da Alep diz respeitar decisão que cassou Deltan

Mais cedo, em entrevista coletiva antes do início da sessão na Alep, o presidente da Casa, Ademar Traiano (PSD) disse respeitar a decisão do TSE.

"Foi uma decisão unânime, apesar de existirem outras interpretações [sobre o caso]. Quero crer que havia elementos suficientes para a tomada de uma decisão dessa natureza", completou Traiano.

Outros deputados relativizam ou defendem decisão do TSE

Luiz Claudio Romanelli (PSD) disse ser "contra cassações" por entender que há uma "supremacia da soberania popular".

"Por outro lado, respeito as decisões judiciais. Entendo que o Tribunal Superior Eleitoral não fez nenhum teatro ontem. A decisão foi fundamentada. Eu, como advogado, entendo que o fundamento jurídico é absolutamente cristalino".

Luiz Claudio Romanelli, deputado estadual (PSD-PR)

Arilson Chiorato (PT) disse que "não fica feliz quando deputados são cassados". "Mas Deltan está sendo condenado com provas. (...) Não tem revanchismo político", completou.

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