Castro, nos Campos Gerais, completou em abril dois meses de retomada das aulas presenciais na sua rede municipal de ensino, mas apenas em dois anos do ensino fundamental e a prefeitura prega cautela para estender esse retorno: por ora, não há previsão de ampliar a medida para outros anos.
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As aulas voltaram em 22 de fevereiro, para os alunos do quarto e quinto anos do ensino fundamental, em formato híbrido: com a ocupação das salas restrita a 30% da capacidade, durante uma semana um grupo tem aulas presenciais e o outro em ensino remoto, e na semana seguinte os grupos são invertidos. Estão tendo aulas presenciais apenas os alunos cujos pais assinaram um termo de aceite do retorno. Como o transporte escolar ainda não foi liberado, as famílias estão tendo que levar as crianças para a escola.
“Os professores auxiliares ajudam os professores do presencial, que precisam passar os mesmos conteúdos para quem está em ensino remoto”, explica Rejane de Paula Nocera, secretária municipal de Educação de Castro. Ela relata que há estudantes que, por morarem em localidades distantes da sede do município e com dificuldade de acesso à internet, estão recebendo materiais impressos.
Segundo a secretária, a Vigilância Sanitária e a Secretaria Municipal de Saúde de Castro fazem avaliações constantes e mantém uma planilha para filtrar os casos de Covid-19 na comunidade escolar. “Felizmente, eles não estão sendo registrados dentro da escola. Com mais de três casos, seria considerado surto e as aulas presenciais teriam que ser suspensas”, explica.
Nocera afirma que quatro alunos tiveram Covid-19 diagnosticada desde o retorno das aulas presenciais, mas eram estudantes que estavam no ensino remoto nas semanas em que contraíram a doença. Este ano, 30 dos mais de mil professores e funcionários da rede municipal de Castro tiveram Covid-19, mas não foi detectado surto dentro das escolas.
Ao todo, são 8,2 mil alunos no ensino fundamental e educação infantil do município. Os estudantes do quarto e quinto anos representam cerca de 30% dos alunos do fundamental. A secretária conta que a ideia inicial era que a retomada das aulas presenciais incluísse mais anos, mas a pasta seguiu recomendação da Saúde para começar com apenas dois devido ao acirramento da pandemia.
“Estamos aguardando pareceres da Secretaria de Saúde (para aumentar o atendimento presencial). Tem que haver cuidado. Crianças pequenas precisam de mais apoio para certas atividades. Os alunos do quarto e quinto anos já são mais independentes. E se tivermos que recuar, vamos recuar”, diz Nocera.
Em março, quando saiu o decreto do governo do estado com medidas mais restritivas, mesmo as turmas que haviam voltado para o presencial ficaram uma semana exclusivamente no ensino remoto.
A expectativa é grande entre pais de estudantes de outros anos da rede municipal de Castro. Magda Brito, mãe de um menino de nove anos que está no terceiro ano, espera que o filho esteja de volta à sala de aula em maio.
“Nada como o filho estar dentro da escola, num ambiente didático. Em casa (com o ensino remoto) nem sempre as atividades saem como deveriam”, diz ela, que também é professora. “Quando estamos em casa, a mãe não é professora, é mãe. Eles (alunos) perdem a rotina do horário de estudar, de alimentação, querem fazer tudo no horário deles... isso foi perdido durante a pandemia.”
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