O governo do Paraná e o agronegócio podem contribuir para definir parâmetros de certificação para produtos do campo, segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge.
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O secretário comentou o tema no primeiro painel do evento Paraná em Perspectiva: Agro e Sustentabilidade, promovido pela Gazeta do Povo na última quarta-feira (1), em Curitiba.
A certificação de produtos agrícolas é uma forma de garantir que se sigam normas de segurança alimentar e que sejam frutos de processos vinculados a boas práticas ambientais.
"Ser sustentável faz bem aos negócios"
Norberto Ortigara, secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, afirmou que ser sustentável "faz bem para os negócios". Segundo ele, o governo do Paraná está construindo, em parceria com outros estados e com o Ministério da Agricultura, plataformas para que haja "mais fácil comunicação e demonstração" de boas práticas.
"O importante é demonstrar que o produto é feito em condições sustentáveis, e não de forma improvisada ou prejudicando o meio ambiente", completou.
José Roberto Ricken, presidente da Ocepar, disse que "há todas as condições de avançar" e que o setor precisa dos certificados. Ele defende a ideia de autorregulação, ou seja, que os próprios produtores se organizem para definir os critérios.
O secretário Valdemar Bernardo Jorge citou como exemplo a produção de tilápia, em que as cooperativas coordenam o momento da despesca, quando os tanques são esvaziados.
Certificação de produtores orgânicos
O Paraná conta um programa que certifica produtores de alimentos orgânicos. A iniciativa, chamada Paraná Mais Orgânico, inclui a visita de técnicos às propriedades, com o objetivo de adequá-las às normas de produção. Depois, há um período de adaptação, até que é realizada uma auditoria. Se o produtor estiver de acordo com as especificações, recebe o certificado.
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