A campanha de imunização contra a Covid-19 entra em uma nova etapa a partir deste mês de junho, quando a chamada para receber a primeira dose passa a ser também por idade, dos mais velhos para os mais jovens, e não obedece apenas à ordem de prioridades já definida nos planos de vacinação. No Paraná, o novo momento da campanha de vacinação – que também acontece em outros estados brasileiros com o respaldo do Ministério da Saúde – acontece de forma diferente dependendo do município. Mas, de modo geral, a etapa está sendo colocada em prática no Paraná quando mais de 50% das pessoas que estão na fila de prioridades já receberam ao menos a primeira dose.
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No Paraná, o grupo prioritário é estimado em quase 5 milhões de pessoas (4.906.706), e já é maior do que o grupo não prioritário (3.829.308). Até o início da noite de quarta-feira, 2 de junho, 2.616.117 pessoas do grupo prioritário já tinham recebido a primeira dose (e 1.205.622 também a segunda dose). Em Curitiba, de acordo com a estimativa do plano municipal de vacinação, são 837.896 pessoas no grupo prioritário – até o início da noite de quarta-feira (2), mais de 500 mil pessoas tinham recebido a primeira dose e 220.329 pessoas também já receberam a segunda dose.
A ideia agora é que as pessoas que estejam na fila de prioridades continuem sendo chamadas de forma concomitante aos demais adultos, de 59 anos para 18 anos, pois os idosos já foram contemplados. Mas, como a quantidade de doses semanais que chegam aos estados não está sendo definida com antecedência, ainda não está claro como ficará na prática o ritmo da vacinação, com os dois grupos populacionais (prioritários e não prioritários) sendo chamados ao mesmo tempo. Antes da alteração na chamada de vacinação, o governo estadual trabalhava com a expectativa de vacinar todo o grupo prioritário até o final de julho e início de agosto e toda a população até dezembro.
Da fila de prioridades, formada por 30 subgrupos (incluindo 7 subgrupos com diferentes faixas etárias de idosos), ao menos 10 não foram chamados ainda. São eles: povos e comunidades tradicionais ribeirinhas, pessoas em situação de rua, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, trabalhadores da educação do Ensino Superior (da Educação Básica já estão chamados), trabalhadores de transporte coletivo rodoviários de passageiros, de transporte metroviário e ferroviário, de transporte aquaviário, caminhoneiros, trabalhadores industriais e da limpeza urbana.
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Nesta quinta-feira (2), o governo estadual disse que irá contemplar novos subgrupos prioritários ainda esta semana: pela primeira vez, estão sendo reservadas doses para ribeirinhos (10 mil doses), trabalhadores do sistema prisional (4.109), população privada de liberdade (61.465) e trabalhadores da assistência social (10 mil). No plano estadual de vacinação, a população ribeirinha está estimada em 14.800 pessoas; população privada de liberdade em 61.465; e funcionários do sistema prisional em 4.852. As estimativas já eliminariam eventuais duplicidades (com exceção da população prisional) - ribeirinhos com mais de 60 anos já foram contados dentro do grupo dos idosos, por exemplo. Não há uma estimativa estadual de trabalhadores da assistência social, que aparecem no documento junto com os trabalhadores da Educação Básica, dentro de um grupo total de 169.057 pessoas. Só em Curitiba, de acordo com o plano municipal de vacinação, seriam 750 funcionários ligados à Fundação de Assistência Social (FAS).
Desde o início da campanha de imunização, no final de janeiro, até agora, os seguintes subgrupos da fila de prioridades já foram chamados: trabalhadores da saúde, idosos, indígenas, comunidades quilombolas, pessoas com comorbidades e com deficiências permanentes graves, grávidas e puérperas com comorbidades, trabalhadores do Ensino Básico, forças de segurança e salvamento, forças armadas, além de trabalhadores do transporte aéreo e portuário.
A ordem de prioridades na fila da imunização foi definida a partir de critérios como risco de exposição ao coronavírus, risco de desenvolver formas graves da doença, risco de transmissibilidade, dificuldade de acesso aos serviços de saúde e população que mantém serviços essenciais em funcionamento.
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