Centro cirúrgico| Foto: Daniel Caron/Gazeta do Povo/Arquivo
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O Paraná vai receber do Ministério da Saúde ajuda financeira para destravar a fila de cirurgias eletivas - procedimentos que se não forem feitos não põem o paciente em risco de morte mas que podem agravar o quadro clínico. No total, o governo federal vai repassar R$ 350 milhões para todos os estados e não apenas ao Paraná, como informado anteriormente pela Gazeta.

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A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) estima que a fila de cirurgias eletivas que não foram feitas ao longo da pandemia levará três anos para ser zerada. Esses procedimentos deixaram de ser feitos ao longo de quase toda a crise sanitária para garantir leitos, medicamentos e insumos a pacientes com Covid-19.

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Pelo acordo com o governo federal, os estados receberão esse reforço financeiro sem precisar apresentar resultado de produção e desempenho no teto de metas. Dessa forma, o recurso fica livre para a Sesa aplicar em cirurgias de média e alta complexidade.

Os R$ 350 milhões vindos do governo federal vão reforçar os R$ 50 milhões que a Sesa reservou de seu próprio orçamento nos procedimentos em 2022.

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Além disso, o governo do estado anunciou há duas semanas repasse de R$ 20,7 milhões do Procon para a Saúde destravar as cirurgias eletivas. O recurso é de multas aplicadas pelo órgão de defesa do consumidor a bancos que lesaram os clientes.

UTIs da Covid

Em relação à manutenção das UTIs de Covid-19 após o fim da pandemia, o governo do estado segue em negociação com o Ministério da Saúde.

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Com a abertura das 1.481 novas vagas na pandemia, os leitos intensivos no Paraná aumentaram de 2.063 em janeiro de 2020 para os atuais 3.544. Um aumento de 71,7%. No pico da pandemia, em junho deste ano, o SUS chegou a destinar 2.007 dessas vagas de UTI exclusivamente para pacientes com Covid-19.

O interesse da Sesa é manter essa estrutura de leitos intensivos com a redução das infecções por coroanvírus. As vagas iriam parao tratamento regionalizado de outras doenças em todo o estado. Mas para isso precisa de contrapartida do Ministério da Saúde.

"Quanto à manutenção financeira de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), há garantia de pagamentos até 31 de dezembro para manutenção. O Ministério ainda aguarda a recomposição financeira do orçamento para 2022 com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, que está em discussão no Congresso Nacional, e que poderá assegurar o custeio adicional de leitos de UTI"", informa a Sesa em nota.