O secretário de saúde do Paraná, Beto Breto, comentou, em entrevista à Gazeta do Povo, na última terça-feira, que mesmo não vendo eficácia, o estado já vinha disponibilizando para todos os pacientes com Covid-19 a opção de tratamento com cloroquina e hidroxicloroquina, mesmo antes da publicação de novo protocolo de orientação sobre o uso do medicamento pelo Ministério da Saúde, nesta quarta-feira (20).
RECEBA as notícias do Paraná no WhatsApp
“Todos os hospitais do estado que têm contrato com o SUS receberam cloroquina e hidroxicloroquina. As regionais de saúde também receberam. Além de repasses do ministério e de doações que recebemos, também fizemos compra própria dos medicamentos. Todos aqueles que tiverem indicação por algum profissional de saúde na sua receita médica terão acesso ao medicamento”, disse o secretário. “Estamos com o medicamento à disposição, o que não quer dizer que eu concorde que tenha toda a panaceia que dizem ter, mas quero insistir que estaremos disponibilizando o que for possível disponibilizar para o uso da medicação”, ressaltou.
Lembrando que é médico com 26 anos de carreira e destacando que embasa todas as suas posições e decisões em evidências científicas, o secretário diz não ver muitos benefícios no uso das drogas. “Cloroquina e hidroxicloroquina são medicamentos conhecidos há muito tempo, têm a patente quebrada há muito tempo. São usados para o tratamento de malária desde o início do século passado. Eles têm uma atividade anti-inflamatória inicial que pode ser que apresente, em algum momento, algum tipo de papel no contato com o coronavírus. Mas isso não tem se mostrado, do ponto de vista estatístico e de estudos científicos publicados, eficaz a ponto de ser o tratamento de escolha”, disse. “Quando você tem um tratamento com muitos medicamentos, é porque você não tem um tratamento fechado”, reforçou.
Para o secretário, o principal protocolo de enfrentamento da pandemia segue sendo as medidas de prevenção do contágio, com o distanciamento social, o uso de máscara e a atenção com a higiene. “Não temos vacina, os medicamentos ainda são objeto de estudo. O que há de concreto neste momento é se defender do inimigo invisível, com o isolamento domiciliar, o distanciamento social, o uso de máscara e o cuidado com a higiene de mãos, roupa, calçados ao retornar pra casa quando precisar sair”.
Ele reforça que, sem vacina e sem cura, a principal medida que as autoridades podem tomar é manter uma estrutura hospitalar adequada para os casos que necessitarem de internamento e, para isso, é preciso que a curva de contágio permaneça baixa no estado. “Temos que trabalhar com metodologia. E a metodologia científica nos dá base para continuar. Temos a situação econômica, claro, precisamos trabalhar isso também, com a retomada gradual de algumas atividades, mas insisto em dizer que, neste momento, ainda temos uma linha de equilíbrio no Paraná, mas o número de leitos ocupados cresceu e estamos preocupados com isso todos os dias”, concluiu.
Como a PF costurou diferentes tramas para indiciar Bolsonaro
Cid confirma que Bolsonaro sabia do plano de golpe de Estado, diz advogado
Problemas para Alexandre de Moraes na operação contra Bolsonaro e militares; assista ao Sem Rodeios
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná
Deixe sua opinião