• Carregando...
Eduardo Appio
Segundo o corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, o juiz Eduardo Appio apresentou “conduta gravíssima” ao fazer ameaça em ligação telefônica| Foto: Reprodução/Youtube Gazeta do Povo

O corregedor-geral de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, determinou uma audiência de mediação no processo administrativo disciplinar instaurado contra o juiz federal Eduardo Appio que tramita no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A assessoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) confirmou que a audiência será realizada no próximo dia 18.

Receba as principais notícias do Paraná pelo WhatsApp

Afastado desde maio da 13ª Vara Federal de Curitiba após denúncia do desembargador federal Marcelo Malucelli de que seu filho e ex-sócio de Moro, João Eduardo Barreto Malucelli, que teria sido ameaçado por Appio por telefone, o ex-juiz da Lava Jato teve a suspeição anulada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, mas o afastamento cautelar foi mantido pelo corregedor nacional, que determinou uma série de investigações contra a operação realizada em Curitiba, após correição do CNJ na capital paranaense. Além disso, o ministro Salomão solicitou que Toffoli e o TRF-4 fossem oficiados sobre a decisão.

“Tais constatações iniciais – somadas às diversas alegações de parcialidade (por variados motivos) que recaem sobre vários juízes e desembargadores envolvidos nos julgamentos de casos da denominada Operação Lava Jato – permitem concluir que há conexão entre o caso apurado no processo administrativo disciplinar contra o magistrado Eduardo Appio instaurado, no âmbito do TRF4, e os casos que motivaram as reclamações disciplinares neste Conselho Nacional de Justiça contra os desembargadores Marcelo Malucelli, Loraci Flores de Lima e Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, bem como contra a juíza federal Gabriela Hardt”, afirmou o corregedor nacional.

Hardt sucedeu o senador Sergio Moro (União-PR) na condução da Lava Jato e ambos entraram na mira do ministro Salomão, que questiona a devolução de R$ 2 bilhões à Petrobras. Entre os argumentos usados para abertura do procedimento de investigação, o corregedor nacional alega que o trânsito em julgado ainda não havia sido concluído para o pagamento dos montantes aos cofres da estatal.

Em setembro, o relatório preliminar da correição do CNJ na 13ª Vara Federal de Curitiba e na 8ª Turma do TRF-4, apontou para “indícios de falta de dever de cautela, de transparência, de imparcialidade e de prudência de magistrados que atuaram na Operação Lava-Jato, promovendo o repasse de valores depositados à Petrobras e outras empresas, antes de sentença com trânsito em julgado, que retornariam no interesse de entes privados.”

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]