O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), criticou a condução do governo federal na distribuição de vacinas de Covid-19. Segundo Greca, a prefeitura teria capacidade de vacinar 15 mil pessoas por dia e tem dinheiro em caixa para comprar doses para toda a população. Entretanto, o Ministério da Saúde segue com dificuldades na entrega do imunizante e, por enquanto, não há possibilidade de o município adquirir doses por conta própria, fora do Plano Nacional de Imunização (PNI).
O estoque da vacina acabou no fim da manhã desta sexta-feira (19), forçando a suspensão da imunização em Curitiba. “Estou pedindo ao Ministério da Saúde, através da presidência da república, que nos digam quantas vacinas vão mandar por semana para que possamos fazer um planejamento respeitoso à nossa população. Se tivermos vacinas, podemos vacinar até 15 mil curitibanos por dia. Já fizemos isso no processo da [gripe] H1N1. Mas o que o povo precisa entender é que isso depende da elevada ação do governo federal do Brasil”, postou o prefeito em sua conta no Facebook quinta-feira (18).
Nesta semana, o prefeito enviou carta ao presidente Jair Bolsonaro cobrando o envio de mais doses. De acordo com o novo calendário de entrega do Ministério da Saúde, o Paraná deve receber ainda em fevereiro mais 452.366 doses que serão distribuídas aos municípios. Até março, o total deve chegar a 2,4 milhões de vacinas.
A prefeitura conta com R$ 100 milhões do Fundo Municipal Emergencial da Pandemia para aquisição das vacinas anticovid. “Havendo possibilidade, temos recursos garantidos para comprar vacinas para imunizar a cidade inteira. Mas por enquanto nossas mãos estão amarradas pela burocracia federal, pelas leis brasileiras”, disse o prefeito no Facebook.
Neste momento, Curitiba está negociando vacinas com três laboratórios: o Instituto Butantan, órgão do governo de São Paulo que produz a chinesa Coronavac; com a farmacêutica americana Johnson & Johnson, que fez a última fase de testes no Paraná da vacina Janssen-Ciliag; e com a Bharat Biotech, fábrica indiana que deve iniciar em março testes da vacina Covaxin no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
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