Pesquisa encomendada pela Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) vai indicar quais melhorias precisam ser implantadas no transporte público entre a capital e cidades vizinhas. O estudo encomendado pelo órgão do governo do Paraná começa nessa segunda-feira (13) a ouvir passageiros da Rede Integrada de Transporte (RIT) em 19 cidades nos horários de pico no começo da manhã e no fim da tarde/início da noite.
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"Com o estudo queremos planejar novas conexões, novas integrações para dar mais ganho de tempo aos usuários e atrair mais pessoas para o sistema de transporte coletivo", explica o presidente da Comec, Gilson Santos, em entrevista ao jornal Bom Dia Paraná, da RPC.
A pesquisa na RIT será feita pela Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas (Fepese) junto com o Laboratório de Transporte e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina (LabTrans-UFSC). O estudo vai avaliar três condições: atualização do preço da tarifa, mapeamento da origem e destino dos passageiros além de modelagem econômico-financeira do sistema com estabelecimento de cenários futuros.
Segundo Santos, a pesquisa já era para ter sido feita em 2020. Porém, a pandemia do coronavírus impediu o levantamento. Agora, a Comec poderá avaliar o sistema após o impacto da crise sanitária, quando o volume de passageiros chegou a cair para apenas 20% do fluxo normal. Atualmente, com a redução das restrições de prevenção à Covid-19 e a reabertura de diversos setores, o volume está em 60% da capacidade do sistema.
Mesmo com queda no número de passageiros, os terminais e os ônibus intermunicipais registraram lotação de passageiros ao longo da pandemia.
"Os passageiros estão retomando, mas não temos mais o volume de antes da pandemia. Então com a pesquisa teremos um número real da demanda", explica o presidente da Comec. Santos lembra que o preço da passagem não foi alterado mesmo com o volume de usuários tendo despencado nos momentos mais críticos da pandemia.
Isso graças ao subsídio do governo do estado ao sistema. "Estamos há três anos mantendo o custo da passagem. Mas estamos sofrendo grande impacto com essa redução no número de usuários, além do alto custo do combustível e os insumos que também aumentaram consideravelmente", argumenta o presidente da Comec.
Ações de imediato
O estudo está previsto para ser concluído em fevereiro de 2022. Entretanto, a Comec pretende já aplicar algumas ações de ajustes de imediato conforme os resultados do levantamento forem obtidos.
Nesta segunda-feira, começa a etapa do mapeamento de circulação dos passageiros pela rede. Será um mês ouvindo os usuários especificamente para isso. Os pesquisadores vão abordar os passageiros nos terminais e em pontos de ônibus para identificar origem, destino, conexões e interesses do usuário.
“O estudo vai mapear com precisão de onde as pessoas estão vindo e para onde elas estão indo, e ainda, se utilizam outros meios de transporte além do ônibus. Com estas informações, além do ajuste da nossa operação, podemos planejar novas linhas e conexões", enfatiza Santos no site da Comec.
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