Como será o contorno de Ponta Grossa previsto na próxima concessão de rodovias do Paraná

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A concessão do lote 3 das rodovias do Paraná, que tem leilão marcado para o próximo dia 12 dezembro na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), prevê a construção do contorno de Ponta Grossa, uma obra que promete desafogar o trânsito na cidade dos Campos Gerais e diminuir o tempo de viagem de quem passa pela BR-376, a Rodovia do Café, na ligação entre o norte do Paraná e a BR-277 em São Luiz do Purunã, a 50 quilômetros de Curitiba.

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A obra faz parte do pacote previsto no lote 3, chamado de Malha Norte. Além da BR-376, a próxima concessionária ficará responsável pelas rodovias BR-369, BR-373, PR-170, PR-323, PR-445 e PR-090, e deverá investir aproximadamente R$ 16 bilhões em melhorias, conservação e serviços operacionais.

O lote 3 das novas concessões paranaenses prevê outros dois contornos, em Apucarana e em Califórnia.

Na nova concessão, o contorno de Ponta Grossa será dividido em duas partes: norte e leste. No total, serão 42,35 quilômetros com duas faixas em cada sentido, começando no trevo da BR-376 com a BR-373, atravessando a PR-151 e a PR-513, e chegando novamente à BR-376 no bairro Cará-Cará.

Quando devem ser entregues as obras do contorno de Ponta Grossa

De acordo com o edital publicado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o contorno norte terá 14,65 quilômetros de extensão e deverá ficar pronto até o sexto ano do contrato. Logo no primeiro quilômetro haverá uma passagem sobre a ferrovia, seguida por outras obras, que seguem:

• 1 trevo completo, na interseção da BR-376 com a BR-376
• 2 viadutos tipo parclo, no km 4 e no km 8
• 8 pontes duplas (uma para cada sentido), sobre o Arroio Chapadas e os rios Congonhas e Pitangui
• 1 passagem de fauna

O contorno norte termina na interseção com a PR-151, onde começa o contorno leste, que terá 27,7 quilômetros de extensão para serem concluídos até o sétimo ano de contrato. Uma parte utilizará o traçado de um trecho não pavimentado da PR-513, conhecida como Estrada Pery Ferreira da Costa. Para o trecho estão previstos em contrato as seguintes estruturas:

• 1 trevo completo, na interseção com a PR-151
• 3 trevos trombetas, nos km 11, no entroncamento com a PR-513 e na interseção com a BR-376
• 1 viaduto tipo diamante, no cruzamento com a Estrada do Alagados, no km 7
• 2 viadutos tipo parclos, nos km 3 e km 22
• 4 pontes, sobre os rios Verde e Pitangui
• 1 ciclovia com 5,3 km de extensão

A construção do contorno norte de Ponta Grossa estava prevista na concessão anterior das rodovias do Anel da Integração. Uma série de revisões contratuais que favoreceram as concessionárias, entretanto, retirou essa obrigação — a CCR Rodonorte era a responsável pelo trecho. Em 2019, a concessionária admitiu irregularidades nos aditivos ao contrato e se comprometeu a repassar R$ 700 milhões ao estado, como forma de compensação.

Além do contorno em Ponta Grossa, o lote 3 prevê outros dois contornos, em Apucarana e em Califórnia. Além disso, o edital enumera 132,6 quilômetros de duplicação, 24,6 quilômetros de faixas adicionais, 6,7 quilômetros de vias marginais, duas áreas de escape e 14,9 quilômetros de iluminação em trecho de serra.

Pelas regras do edital, vencerá a empresa que oferecer o maior desconto sobre a tarifa básica máxima de pedágio, que é de R$ 0,14596 por quilômetro — o abatimento máximo sem a necessidade de um depósito adicional é de 18%. As propostas serão entregues à B3 no próximo dia 9, três dias antes do leilão.