Após investir R$ 133,8 milhões para o arremate da londrinense Sercomtel, a Bordeaux Fundo de Investimento, de São Paulo, pode estar de olho em outra empresa paranaense no mercado: a Copel Telecom, que será vendida em novembro. Caso se concretize, o grupo privado poderá promover a integração entre as companhias e se colocar em um lugar de destaque na oferta de banda larga e telefonia no estado.
RECEBA notícias do Paraná em seu Whatsapp
Comandado por um nome forte do mercado de investimentos, o investidor Nelson Tanure, a Bordeaux conta ainda com a consultoria do ex-ministro das Telecomunicações Hélio Costa [ele esteve à frente da pasta entre 2005 e 2010, anos de governo Lula].
O Fundo não respondeu aos pedidos de entrevista da reportagem, mas fonte familiarizada com a negociação indica que a aproximação entre Tanure e Costa se deu há relativamente pouco tempo, cerca de seis meses. O foco foi justamente aprimorar a avaliação dos ativos de telecomunicações à venda.
O conhecimento de Costa sobre o segmento se junta a uma longa expertise de Nelson Tanure, que investiu em segmentos tão diversificados quanto comunicação (comandou o Jornal do Brasil e a TV JB), petroquímica e, claro, telecomunicações. Em 2009, participou da fusão das empresas Intelig e Tim. Mais recentemente, em 2016, investiu em ações da Oi, mas deixou o conselho da companhia em janeiro deste ano.
Com o fundo Bordeaux, o empresário parece mirar no mercado paranaense. Na última semana, durante formalização do contrato de compra da Sercomtel, representantes do grupo indicaram que há interesse em avaliar a compra da Copel Telecom, braço de telecomunicações da Copel, que será privatizado em novembro. O preço mínimo do negócio está estimado em R$ 1,4 bilhão.
Se arrematar a Copel Telecom, o fundo soma a seu ativos 36 mil quilômetros de cabeamento de fibra óptica com uma rede que se estende por todos os 399 municípios do estado e chega a 200 mil clientes. A infraestrutura já adquirida na compra da Sercomtel, em agosto, inclui 231 mil acessos de telefonia fixa, 102 mil de banda larga e 52 mil de celular.
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná