![Cinco dos seis conselheiros com poder de voto escolhidos para Itaipu são ministros do governo Lula Cinco dos seis conselheiros com poder de voto escolhidos para Itaipu são ministros do governo Lula](https://media.gazetadopovo.com.br/2023/08/21142727/lula-itaipu-poisse-verri-960x540.jpeg)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, nesta quinta-feira (16), da solenidade de posse do novo diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu, região oeste do Paraná. O ex-deputado federal Enio Verri (PT) é quem assume o comando da maior hidrelétrica do Brasil e uma das maiores do mundo, localizada na fronteira do Brasil com o Paraguai, entre os municípios de Foz do Iguaçu e Cidade do Leste.
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Os demais membros da nova diretoria executiva e os novos conselheiros da Itaipu, no entanto, devem assumir somente na próxima semana. Segundo Verri, alguns dos nomes definidos para compor o grupo ainda dependem de aprovação pela Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar). Vinculada ao Ministério de Minas e Energia, a ENBPar ficou responsável pelas estruturas não privatizadas, antes vinculadas à Eletrobras, como a Itaipu e as usinas de Angra 1, 2 e 3.
Até que esse trâmite aconteça, Enio Verri vai trabalhar com diretores e conselheiros nomeados para a Itaipu durante o governo de Jair Bolsonaro. “São sete conselheiros, mas um é o ministro de Minas e Energia (Alexandre Silveira), que não tem poder de voto, então teremos seis além dele. Dos seis, ao menos cinco serão ministros de estado [do governo Lula]”, confirmou o novo diretor-geral. Entre eles, os que tiveram nome divulgado para compor o Conselho de Itaipu foram os ministros das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e a de Gestão, Esther Dweck. Os dois já foram aprovados pela ENBPar.
Verri afirmou que, ao lado da direção paraguaia da hidrelétrica, serão trabalhadas duas prioridades para este ano. Uma delas se refere à revisão da tarifa de energia para o ano de 2023. A outra missão é a revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu. Com a quitação da dívida contraída para construção da usina, a última parcela do financiamento foi paga em 28 de fevereiro deste ano. E devem permanecer nos caixas da binacional algo próximo a US$ 2 bilhões por ano.
É na revisão do Anexo C que vai se definir o que será feito com o recurso adicional. Esse foi um dos principais pontos abordados por Lula durante o discurso, na solenidade de posse de Verri. O presidente reforçou que essa redefinição da aplicação dos recursos será realizada com diálogo amplo com o governo paraguaio, o que deve evoluir no segundo semestre. “Faremos isso com o novo governo do Paraguai, levando em consideração as necessidades sociais e econômicas dos dois países”, destacou o presidente Lula.
O ministro de Minas e Energia, também presente na solenidade, destacou a relevância de Itaipu no cenário energético, respondendo por 13% de fornecimento da energia que o Brasil consome. “Além da produção de energia, a Itaipu tem uma responsabilidade socioambiental e com a redução das desigualdades. Neste ano teremos a revisão do Anexo C e, com ele, devemos observar a importância em investimentos para o desenvolvimento regional”, destacou.
A primeira-dama Rosangela da Silva, a Janja, esteve com Lula na solenidade do Paraná. Janja foi funcionária da Itaipu por 16 anos, durante a gestão de Jorge Samek à frente da binacional. Entre as autoridades que participaram da cerimônia de posse em Itaipu, que foi bastante disputada, estavam o governador em exercício do Paraná, Darci Piana, e o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Ademar Traiano.
Piana disse que a continuidade dos investimentos da Itaipu Binacional em parceria com o governo do Paraná é importante para o desenvolvimento econômico do Paraná. Ele destacou algumas obras, como a construção da Ponte de Integração Brasil-Paraguai. Apesar de evidenciada, a ponte não tem previsão de ser liberada à passagem de veículos.
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