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Cinco dos seis conselheiros com poder de voto escolhidos para Itaipu são ministros do governo Lula
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, nesta quinta-feira (16), da solenidade de posse do novo diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu, região oeste do Paraná. O ex-deputado federal Enio Verri (PT) é quem assume o comando da maior hidrelétrica do Brasil e uma das maiores do mundo, localizada na fronteira do Brasil com o Paraguai, entre os municípios de Foz do Iguaçu e Cidade do Leste.

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Os demais membros da nova diretoria executiva e os novos conselheiros da Itaipu, no entanto, devem assumir somente na próxima semana. Segundo Verri, alguns dos nomes definidos para compor o grupo ainda dependem de aprovação pela Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar). Vinculada ao Ministério de Minas e Energia, a ENBPar ficou responsável pelas estruturas não privatizadas, antes vinculadas à Eletrobras, como a Itaipu e as usinas de Angra 1, 2 e 3.

Até que esse trâmite aconteça, Enio Verri vai trabalhar com diretores e conselheiros nomeados para a Itaipu durante o governo de Jair Bolsonaro. “São sete conselheiros, mas um é o ministro de Minas e Energia (Alexandre Silveira), que não tem poder de voto, então teremos seis além dele. Dos seis, ao menos cinco serão ministros de estado [do governo Lula]”, confirmou o novo diretor-geral. Entre eles, os que tiveram nome divulgado para compor o Conselho de Itaipu foram os ministros das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e a de Gestão, Esther Dweck. Os dois já foram aprovados pela ENBPar.

Verri afirmou que, ao lado da direção paraguaia da hidrelétrica, serão trabalhadas duas prioridades para este ano. Uma delas se refere à revisão da tarifa de energia para o ano de 2023. A outra missão é a revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu. Com a quitação da dívida contraída para construção da usina, a última parcela do financiamento foi paga em 28 de fevereiro deste ano. E devem permanecer nos caixas da binacional algo próximo a US$ 2 bilhões por ano.

É na revisão do Anexo C que vai se definir o que será feito com o recurso adicional. Esse foi um dos principais pontos abordados por Lula durante o discurso, na solenidade de posse de Verri. O presidente reforçou que essa redefinição da aplicação dos recursos será realizada com diálogo amplo com o governo paraguaio, o que deve evoluir no segundo semestre. “Faremos isso com o novo governo do Paraguai, levando em consideração as necessidades sociais e econômicas dos dois países”, destacou o presidente Lula.

O ministro de Minas e Energia, também presente na solenidade, destacou a relevância de Itaipu no cenário energético, respondendo por 13% de fornecimento da energia que o Brasil consome. “Além da produção de energia, a Itaipu tem uma responsabilidade socioambiental e com a redução das desigualdades. Neste ano teremos a revisão do Anexo C e, com ele, devemos observar a importância em investimentos para o desenvolvimento regional”, destacou.

A primeira-dama Rosangela da Silva, a Janja, esteve com Lula na solenidade do Paraná. Janja foi funcionária da Itaipu por 16 anos, durante a gestão de Jorge Samek à frente da binacional. Entre as autoridades que participaram da cerimônia de posse em Itaipu, que foi bastante disputada, estavam o governador em exercício do Paraná, Darci Piana, e o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Ademar Traiano.

Piana disse que a continuidade dos investimentos da Itaipu Binacional em parceria com o governo do Paraná é importante para o desenvolvimento econômico do Paraná. Ele destacou algumas obras, como a construção da Ponte de Integração Brasil-Paraguai. Apesar de evidenciada, a ponte não tem previsão de ser liberada à passagem de veículos.

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