O governo do Paraná havia previsto o início das obras de revitalização da orla de Matinhos, no Litoral do estado, após o carnaval, com o fim da temporada de verão. A obra propriamente dita, no entanto, ainda terá de esperar cerca de 30 dias. É o prazo para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) emitir a autorização, a partir da análise do relatório de risco, uma obrigação legal para uma intervenção deste porte, conforme informa a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Turismo (Sedest), responsável pelo projeto.
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Só após essa data, o governo do estado fará o lançamento oficial das obras, que ainda não tem data prevista. Após o início dos trabalhos, o prazo de conclusão é de 32 meses, previsto para o fim de 2024.
Ao mesmo tempo em que encaminhou o relatório de risco ao Iphan, o Consórcio Sambaqui, vencedor da licitação, deu início aos preparativos a campo. Estão sendo instalados o escritório e o canteiro de obras. Foi iniciado também o processo de contratação de mão de obra e a cotação do material de contenção.
Obra deve empregar 300 trabalhadores
Segundo o Consórcio Sambaqui cerca de 300 vagas temporárias diretas deverão ser criadas. Inicialmente já foram abertas para recrutamento na Agência do Trabalhador de Matinhos 184 vagas para pedreiro, servente e operador de máquina. O Consórcio Sambaqui está analisando como irá hospedar os profissionais de fora da cidade que venham a ser contratados.
Em outra frente, a prefeitura de Matinhos informa que está cedendo uma parte da antiga sede da Federação dos Trabalhadores na Indústria do Paraná (Fetiep), onde hoje funciona a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, para a instalação do escritório do Consórcio Sambaqui. Já os materiais a serem utilizados nas obras serão armazenados no balneário Flórida e na região da rotatória da Avenida Curitiba.
Faixa de areia terá avanço de até 100 metros
O projeto de revitalização da orla de Matinhos prevê a adição de 3.222.350 metros cúbicos de areia durante o processo de engordamento artificial das praias do balneário. Isso corresponde a um avanço que varia de 80 a 100 metros da faixa existente ao longo de 7,45 quilômetros. Esse processo equivale a mais ou menos 64 milhões de carrinhos de mão cheios de areia.
Também está previsto um aumento de 30 metros de faixa de areia em um pequeno trecho da ponta de Matinhos até o guia-corrente do canal do Rio Matinhos. Esse pedaço da orla é conhecido pelo surfe, e essa intervenção mais branda mantém o fundo com mais areia, visando garantir padrão similar ao resto da praia, sem provocar grandes alterações que prejudiquem a prática do esporte, atendendo a pedido dos próprios praticantes.
A Sedest e o Consórcio Sambaqui ainda não sabem informar se as obras irão impactar o próximo verão, com uma possível restrição de acesso dos banhistas aos balneários. A informação é que isso dependerá do cronograma da operação, o que ainda não está totalmente definido.
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