O setor de construção civil do Paraná deve fechar 2019 com 134 mil funcionários contratados com carteira assinada a mais do que em 2018. O número representa um crescimento de 8% em mão de obra. É isso o que aponta projeção divulgada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR).
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O cenário em Curitiba é ainda mais positivo: o crescimento nas contratações deve ser de 10%. O balanço de 2019 deve apontar 43 mil novas contratações, contra 39 mil efetivadas em 2018. O panorama brasileiro também é de crescimento, mas um pouco mais tímido. O incremento médio do país, em termos de contratação de mão de obra, deve ser de 5%.
Outro dado bastante positivo é o do PIB, soma das riquezas produzidas pelo setor ao longo do ano, em todo país. Pela primeira vez em seis anos, o crescimento deve ser positivo, em 0,6%. Há cinco anos o setor registra apenas variações negativas. Em 2014, de -2,1%; em 2015, -9%; em 2016, queda de 10%; em 2017, -7,5%; e em 2018, recuo de 2,5%. Para o ano que vem (2020), o crescimento deve ser ainda mais expressivo: de 2,2%.
Em Curitiba, a área liberada para construção civil (com aprovação de alvarás) também aumentou. Neste ano, chegou à marca de 2,1 milhões de metros quadrados (m²), crescimento de 20% na comparação com 2018. A variação, no entanto, ficou menor do que a registrada entre 2017-2018, que foi de 24,5%.
Com relação a unidades concluídas em Curitiba, o ano de 2019 marca o encerramento de um ciclo de quatro anos de queda. O período dos últimos 12 meses, deve encerrar com crescimento de 15% no número de unidades finalizadas e prontas para entrega aos consumidores.
O estoque de imóveis disponíveis também está em um dos menores patamares. Em outubro deste ano, eram 5,8 mil unidades disponíveis para a compra. Em julho de 2019, o número estava em 5,6 mil, na capital paranaense.
O metro quadrado na capital paranaense também está em tendência de alta. O preço de imóveis residenciais verticais (apartamentos) não parou de subir desde 2009, pelo menos. Atualmente, o valor médio é de R$ 7.753,73. Já o preço praticado para as residências horizontais (casas) se manteve estável desde 2016. O maior patamar alcançado foi em 2017, quando a média era de R$ 4.299,22. Atualmente, o preço está um pouco mais baixo, em R$ 4.250,68.
Um dado chama a atenção de quem faz a leitura da pesquisa. A confiança do empresário da construção civil está um pouco menor, agora, do que estava em novembro do ano passado. Em 2019, a confiança é de 62 pontos, enquanto em 2018, alcançava pontuação de 63,7.
A confiança do consumidor, entretanto, é a maior desde 2014. A pontuação, em novembro desde ano, está em 47,3, mesmo valor atingido em 2013 – momento em que começou a despencar.
Para o ano que vem, as projeções são bastante otimistas: 56% das empresas do setor esperam manter o quadro de funcionários, enquanto 40% acreditam que vão contratar. Apenas 4% afirmaram que devem demitir trabalhadores. A pesquisa também perguntou quantos funcionários devem ser contratados ou demitidos. O levantamento aponta para incorporação de 3.193 trabalhadores ao mercado de trabalho, enquanto 52 devem ser dispensados. Se as projeções se mantiverem, o ano de 2020 deve fechar com variação positiva de 22% no número de funcionários no setor.
A sondagem do Sinduscon ouviu 200 empresas do setor da construção civil do Paraná. Entrevistas foram realizadas entre os dias 14 de outubro e 11 de novembro de 2019.
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