A empresa Odebrecht Engenharia e Construção (OEC), uma das integrantes do Consórcio Nova Ponte, responsável pela construção da Ponte de Guaratuba, no litoral do Paraná, entrou com um pedido de recuperação judicial. A empresa contabiliza dívidas bilionárias, mas promete que a operação segue sustentável e que o processo não vai afetar a rotina operacional dos contratos em curso, como o da nova ligação rodoviária entre Matinhos e Guaratuba.
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O pedido, feito na semana passada, foi aceito pela Justiça de São Paulo e agora a construtora terá 60 dias para apresentar plano de recuperação aos credores. Em um comunicado oficial, o CFO da empresa, Lucas Cive, afirmou que negociações prévias com os principais credores permitirão um processo de recuperação mais rápido e controlado. “O foco central é reestruturar US$ 4,6 bilhões em passivos financeiros e operacionais, além de operações antigas dentro do mesmo grupo”, detalhou, em resposta enviada à emissora RPCTV.
Para o presidente da OEC, Maurício Cruz, o pedido de recuperação judicial se mostrou a medida mais apropriada para a “adequação dos passivos e viabilização da captação de novos recursos”. Ele seguiu, afirmando em nota que “a iniciativa fortalece a OEC não apenas nos projetos em andamento e na conquista de novos, como também no atendimento a credores e fornecedores”.
Construtora diz que obras da Ponte de Guaratuba não serão afetadas pela recuperação judicial
Também em nota enviada à RPC, a direção da construtora apontou que o processo de recuperação judicial proposto à Justiça de São Paulo não vai ter impactos na obra da Ponte de Guaratuba. De acordo com a OEC, há garantias contratuais robustas que seguem vigentes, garantindo a sequência das obras.
“A obra seguirá seu curso previsto. Importante enfatizar que projetos executados em consórcio, a exemplo da Ponte de Guaratuba, estão fora do perímetro da reestruturação”, aponta a empresa.
"Não há preocupação sobre paralisação", afirma secretário
Em entrevista à RPC, o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, disse que não há preocupação por parte do governo do Paraná sobre atrasos na entrega da ponte, prevista para 2026. Segundo ele, na assinatura do contrato o estado recebeu da construtora uma apólice de garantia no valor de R$ 120 milhões.
“Nós temos no consórcio a capacidade econômica e financeira garantida para cumprir com a obrigação da construção da ponte. Então não há preocupação sobre qualquer paralisação neste processo de construção”, afirmou.
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