Testado nas ruas de Curitiba entre março de 2018 e março de 2019 em 25 ônibus biarticulados da linha Santa Cândida/Praça do Japão, o controle automático de velocidade criado pela Volvo já ganhou o continente e o mundo, além das estradas brasileiras.
Ainda no ano passado, as encomendas feitas à fábrica da empresa na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) já saíram com a possibilidade do sistema ser ativado, dependendo apenas da escolha dos proprietários dos ônibus. "Todas as encomendas da América Latina desde o ano passado saem com essa possibilidade, seja urbano ou rodoviário, independente do veículo [biarticulado, articulado ou padrão]", afirma o presidente da Volvo Buses Latin America, Fabiano Todeschini.
Grandes entregas como a de 594 veículos feita em Bogotá, na Colômbia, e a de 120 em Santiago, no Chile, estão rodando com o controle automático de velocidade. A capital colombiana ainda receberá mais 106 veículos esse ano dentro da maior venda da década da marca concretizada em junho passado.
O sucesso no BRT curitibano, onde funcionou bem e ajudou a reduzir 50% dos acidentes envolvendo os expressos no trecho, deu o aval para a tecnologia ser incorporada a empresa a nível mundial. "[O sistema] É um desenvolvimento global da Volvo, o interessante da empresa é que nós temos ônibus que vão rodar na Índia que estão sendo desenvolvidos em Curitiba. A nossa engenharia é realmente uma engenharia global, feita a várias mãos, mas o primeiro uso com medição foi em Curitiba, em conjunto com a Urbs e os operadores", explica Todeschini.
Como funciona
Por meio de GPS, o sistema consegue identificar com precisão onde está o veículo e de forma automática, independente da ação do motorista, reduz a velocidade em áreas críticas como terminais, curvas perigosas, zonas com alta concentração de pessoas, entre outras. Basta o operador do veículo definir os pontos em que deseja reduzir a velocidade – e qual a velocidade máxima desejada – pela plataforma de conectividade da montadora de maneira remota e imediata.
Nas rodovias
Veículos entregues a empresas de transporte de passageiros de turismo feitas no fim de 2019 também ganharam o sistema para ser usado em rodovias. Localizar pontos críticos nas estradas, contudo, não é tão fácil quanto em áreas urbanas. Para isso, a Volvo está fazendo um teste para colocar a disposição dos compradores. "Pegamos a rodovia federal entre Curitiba e São Paulo [BR-116] e mapeamos através do Atlas de Acidentalidade [feito pelo Programa Volvo de Segurança no Trânsito com dados da PRF na BRs] 35 pontos com muitos acidentes, analisando que tipo de acidente tem e vamos carregar no nosso sistema automático de controle de velocidade a limitação nesses pontos. Vai caber ao cliente querer ou não acionar", diz Todeschini.
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