A CPI da JMK da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) vai chegando ao fim. Na manhã desta terça-feira (3), o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito, deputado estadual Delegado Jacovós (PL), apresentou o relatório final dos trabalhos. O documento tem mais de 200 páginas e será votado no próximo dia 10 pelos demais membros do colegiado. Nele, Jacovós pede o indiciamento de 19 pessoas e faz 12 recomendações para evitar que problemas semelhantes se repitam no governo do Paraná.
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A CPI ganhou força na esteira da Operação Peça Chave, deflagrada em maio pela Polícia Civil. No centro da investigação está a empresa JMK Serviços S.A., suspeita de fraudar orçamentos de serviços de consertos de veículos no âmbito de um contrato assinado em 2015 com o governo do Paraná. A empresa nega ter cometido crimes e informa que vai apresentar à Justiça Estadual “todas as provas de que cumpriu rigorosamente o contrato”. Também acrescenta que “a autoridade policial tem desde o início agido com indevida precipitação na análise do caso”.
Na Alep, a CPI foi proposta pelo deputado estadual Soldado Fruet (Pros), que acabou se tornando presidente do grupo. Ao longo de quase seis meses, a CPI realizou 25 reuniões, com 46 oitivas. Entre as 19 pessoas que podem ser indiciadas, 14 são ligadas à empresa e cinco são agentes públicos envolvidos na licitação e execução do contrato com a JMK.
Com base na Operação Peça Chave, a Polícia Civil já indiciou 14 pessoas por crimes como fraude à licitação, fraude na execução de contrato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Mas a Polícia Civil continua investigando o caso.
Frota oficial
O contrato entre o governo do Paraná e a JMK para manutenção e conserto da frota oficial foi encerrado em julho último. Na sequência, foi feito um contrato emergencial com a empresa Maxi Frotas, e que vigora até dia 14 de janeiro de 2020. Um processo licitatório, para contratação de uma nova empresa, está em andamento.
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