A chuva bem-vinda que chegou nos últimos dias, nublando o céu de Curitiba, não apagou o fato de que a capital paranaense, conhecida pelo tempo sisudo, tem registrado, há vários meses, dias ensolarados, quase sem nuvens. Não é impressão de que estão mais numerosos. Os dados provam. A pedido da Gazeta do Povo, o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), que está sempre de olho no céu por causa da lavoura e do pasto, fez um levantamento sobre o assunto.
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Em março, as águas não vieram. Chegou ao ponto de ficar 11 dias seguidos sem uma gota de chuva na capital. Em abril, a secura aumentou ainda mais: foram 21 dias em sequência sem precipitações. Nos primeiros quatro meses de 2020, foram registrados 40 dias com alguma quantidade de água derramando das nuvens. Significa que em 81 não choveu. No mesmo período do ano anterior, foram 67 dias com registros pluviométricos. No início de 2019, a maior série foi de seis dias sem chuva.
Além de chover em poucos dias em 2020, a quantidade também foi pouca. De janeiro a abril, foram 269 milímetros. É menos do que costuma chover num único mês “normal” de verão. No mesmo período do ano anterior, o volume foi mais do que o dobro: 634 milímetros. A situação contribuiu muito para a escassez, que já vinha se agravando com muitos meses abaixo da média histórica de chuva – assim, sem capacidade de repor os recursos hídricas.
Outro fator que destoa neste ano é a radiação solar. A grandeza empregada para medir a irradiância (W/m2) e a média nos primeiros meses foi de 375, contra 326 no mesmo período do ano anterior. Essa força do sol contribuiu para a evaporação da água. Quanto à temperatura, os números dos primeiros cinco meses de 2020 estão bem próximos da média histórica, sem oscilações significativas, segundo o Simepar. Embora a previsão do tempo seja de chuva para esta semana, o prognóstico é de chuvas abaixo da média pelos próximos meses.
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