Prática tão associada ao árido sertão nordestino do Brasil, a transposição de rios passou a ser adotada no cenário de estiagem prolongada enfrentada no Paraná. Para suprir reservatórios com níveis muito baixos, em caráter emergencial, água está sendo bombeada e levada por tubulações, a partir de fontes que estão mais abastecidas, para assegurar parte do abastecimento à população.
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Um exemplo é o rio Miringuava, que antes da seca era responsável por fornecer água para boa parte da porção sul de Curitiba e para outros municípios da região metropolitana. A captação, em períodos normais, era de 2 mil litros por segundo. Caiu para menos de 300 l/s. A Sanepar espera compensar uma parte da perda com a água transposta dos rios Mirim e Pequeno, nas proximidades. O diretor de Meio Ambiente, Júlio Gonchorosky, calcula que em menos de dois meses a obra esteja pronta e em operação.
Esse tipo de procedimento exige autorização ambiental, mas o processo tramita em regime de urgência. Em outros pontos a transposição já começou. É o caso de uma pedreira desativada em São José dos Pinhais e de cavas na região de Fazenda Rio Grande, impactada não apenas pela escassez hídrica, mas também pelo derramamento criminoso de combustível em um manancial. Também as cavas do Iguaçu serão usadas para bombeamento de água, aproveitando equipamentos que foram instalados na seca de 2006.
A transposição é realidade no interior do estado, inclusive. Em Medianeira, no Oeste, o rio Alegria não deu conta de abastecer a população e precisou de reforços vindos de outras fontes.
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