Com mais 11 casos registrados desde o último boletim, Curitiba agora tem 21 casos confirmados da varíola dos macacos (monkeypox). A transmissão comunitária, que indica que o vírus já circula pelo município, foi declarada pela Secretaria Municipal da Saúde da cidade, visto que cinco casos não tiveram vínculo relacionado a viagem determinado - nem própria nem contato com alguém que tenha viajado.
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A secretária municipal da Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella, explica que isso não é motivo para pânico. “Essa doença é autolimitada, resolve-se espontaneamente e tem prognóstico muito benigno. Salvo raríssimas exceções, não há agravamento, bem diferente do que tínhamos com o coronavírus no início da pandemia da Covid-19”, afirma. Todos os confirmados passam bem.
Todos os casos do Paraná estão concentrados na capital paranaense. Até o momento, apenas uma mulher foi diagnosticada com a doença, 20 são homens. Os casos relatados atingem indivíduos com idade entre 22 e 40 anos. Do total de casos, 16 são importados ou decorrente de contato com viajantes.
Há outros 26 casos em investigação no Paraná, distribuídos entre Curitiba (19) e em Carlópolis, Cascavel, Colombo, Jaguapitã, Loanda, Maringá e Nova Esperança, com um caso suspeito em cada município. O estado já descartou 24 casos até o momento.
Também nesta quinta-feira (28), o Ministério da Saúde confirmou 978 casos da doença, concentrados nos estados de São Paulo (744), Rio de Janeiro (117) e Minas Gerais (44).
A varíola dos macacos é uma doença viral e a transmissão entre homens acontece, principalmente, pelo contato com lesões de pele de pessoas infectadas pela doença. “Ao contrário de outros vírus muito transmissíveis, como o coronavírus, o influenza ou o do sarampo, o vírus responsável por este tipo de varíola exige um contato direto pele a pele para que ocorra a transmissão”, explica Beatriz .
Os principais sintomas são lesões na pele que surgem no rosto e que se espalham pelo corpo. Além disso, são sintomas febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfadenopatia, calafrios e fadiga.
Na última quarta-feira (27), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom citou que mais de 18 mil casos já foram relatados, em 78 países e, principalmente, na Europa. Ele citou que 98% dos casos até agora estão relacionados a homens que fazem sexo com homens e recomendou "reduzir o número de parceiros sexuais e reconsiderar o sexo com novos parceiros", disse ele.
Questionada pela Gazeta do Povo, a Secretaria de Saúde do Estado do Paraná não detalhou se há algum plano ou estratégia voltados especificamente para esse público pela secretaria visando a contenção da transmissão.
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