A aceleração de casos de Covid-19 nos últimos dias forçou a prefeitura de Curitiba a uma operação de emergência para reabertura, em menos de uma semana, de 126 leitos exclusivos de coronavírus para que toda a rede hospitalar não entrasse em colapso. Mesmo com um quadro preocupante de 94% de ocupação nas UTIs de coronavírus nesta quinta-feira (26), com apenas 19 leitos vagos do total de 334, a prefeitura descarta recorrer ao hospital de campanha, cuja construção no pavilhão do Parque Barigui consta no plano de contingência da pandemia.
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“A implantação de um hospital de campanha está prevista no Plano de Contingência para Resposta às Emergências em Saúde Pública, criado para enfrentamento da Covid-19 em Curitiba. No entanto, até o momento não houve necessidade de recorrer a esse instrumento”, aponta a prefeitura em nota encaminhada à Gazeta do Povo.
Para que Curitiba não chegue ao ponto de ter pacientes atendidos em hospital de campanha, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) corre contra o tempo. Desde sexta-feira (23), 126 leitos exclusivos de Covid-19 foram reativados. São 51 leitos de UTI e 75 de enfermaria reabertos, a maior parte já ocupados.
Nesse reforço, estão incluídos 38 leitos de UTI abertos pelo governo do estado no Hospital de Reabilitação mais os leitos provenientes da suspensão de cirurgias eletivas – sem urgência – justamente para reforçar os leitos de coronavírus. Em 12 hospitais do SUS a decisão de suspender as cirurgias eletivas foi tomada semana passada. Já na rede particular, as cirurgias foram canceladas quarta-feira, após quatro hospitais colapsarem desde domingo (22): Nossa Senhora das Graças, Sugisawa, Marcelino Champagnat e nesta quinta o Instituto de Neurologia de Curitiba (INC).
Nesta quinta, a capital dobrou o número de mortos de coronavírus em relação há duas semanas: 18 óbitos. Com os índices subindo a cada dia, a prefeitura admitiu nesta quinta que a cidade pode mudar da bandeira amarela para laranja nesta sexta-feira (27), quando os dados mais recentes da pandemia serão avaliados.
“Tínhamos que tomar essa atitude de suspender as cirurgias porque precisávamos criar espaço para ampliar os leitos nesse momento grave que a cidade passa. Não vamos deixar ninguém perecer por falta de leitos”, garantiu a secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak, em entrevista ao Jornal Hoje da Rede Globo nesta quinta.
Insumos e remédios
Em entrevista coletiva sexta-feira ao lado do prefeito Rafael Greca, a secretária Márcia Huçulak também garantiu que não faltará insumos, remédios e equipamentos para o tratamento de pacientes com Covid-19. “Temos um dos melhores sistemas de saúde do país, um sistema robusto”, reforçou a secretária.
Márcia garante que os almoxarifados da SMS estão “abarrotados de EPIs”, referindo-se aos equipamentos de proteção individual usados pelas equipes de saúde, como máscaras cirúrgicas e luvas. “Não está faltando nada”, garantiu a secretária.
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