Recolher cacos e pedras, trocar vidros, limpar as pichações e contabilizar o prejuízo de fachadas comerciais quebradas e equipamentos públicos danificados. O rastro de destruição do protesto contra o racismo e contra o presidente Bolsonaro que fugiu do controle na noite de segunda-feira (1), em Curitiba, ainda é visível nas ruas da cidade e dá trabalho para equipes de limpeza e manutenção.
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Em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo estadual, servidores públicos substituíram a bandeira do Brasil que foi parcialmente queimada pelos manifestantes durante a noite. Nas ruas, o trabalho envolve apagar pichações e consertar o patrimônio público destruído, como pontos de ônibus, estações-tubo do transporte coletivo e lixeiras.
Fachadas de prédios oficiais, como o Fórum Cível, e de imóveis comerciais, como o Shopping Mueller, foram depredadas. No prédio da Junta Comercial, ao chegar ao trabalho os funcionários coletaram as pedras utilizadas para estilhaçar os painéis de vidro.
Segundo a Urbanização de Curitiba (Urbs), empresa municipal que gerencia o transporte público, equipes trabalharam durante a noite toda para limpar e consertar as estações-tubo vandalizadas. Mesmo assim, na manhã desta terça-feira, ainda havia estações com vidros quebrados.
Foram danificados sete pontos na Praça Tiradentes, com danos aos totens de mapas das linhas. No Centro Cívico, vidros foram quebrados das estações-tubo Palácio, Comendador Fontana e 19 de Dezembro. Na Avenida Cândido de Abreu foram pichados tubos e apedrejados totens de publicidade. Na Junta Comercial, também na Avenida Cândido de Abreu, nove vidros foram quebrados pelos vândalos.
No Palácio Iguaçu, equipes de limpeza foram destacadas ainda durante a noite de segunda-feira para fazer a limpeza do local, que também foi alvo de pichações. Nesta manhã, porém, não havia policiamento reforçado no local.
A confusão
O vandalismo ocorreu depois de um ato contra o racismo, realizado de forma ordeira e pacífica na Praça Santos Andrade, no Centro. Na sequência, os manifestantes se deslocaram para o Centro Cívico. Após a dispersão das pessoas envolvidas, houve depredação do patrimônio público e cerca de 200 policiais tentaram evitar as ações de vandalismo. Oito pessoas acabaram presas e um policial ficou ferido após levar uma pedrada. Veja, abaixo, imagens da destruição causada na cidade, captadas pelo fotógrafo Gerson Klaina.
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