Apesar de quatro aeroportos paranaenses terem sido concedidos à iniciativa privada em leilão da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) no início do mês, com vários investimentos previstos em edital, a prefeitura de Ponta Grossa não teme ficar para trás nessa corrida da infraestrutura de transportes e prega que não há “concorrência” com outros terminais para o Aeroporto Comandante Antônio Amilton Beraldo, também conhecido como Sant’Ana.
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O terminal, administrado pelo município, receberá em breve investimentos de R$ 35,3 milhões, recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac). Esse é o valor total previsto em edital de licitação publicado pela prefeitura no último dia 9, para a contratação de projetos e execução de várias obras, entre elas a construção de nova pista de taxiamento, a reforma e ampliação do pátio de aeronaves, estacionamento de veículos, cerca operacional e terminal de passageiros com mais de 2 mil metros quadrados.
Segundo Victor Hugo de Oliveira, superintendente do Aeroporto de Ponta Grossa, a empresa responsável pelos trabalhos deve ser conhecida na segunda quinzena de maio. As obras devem ser concluídas em dois anos. A prefeitura destaca que as melhorias no aeroporto, iniciadas pelos governos estadual e municipal e que viabilizaram voos regulares a partir de 2016, devem continuar: a extensão da pista é outro plano para o futuro próximo.
“Queremos que operem no aeroporto aviões maiores e mais companhias aéreas (atualmente, são duas). Estamos estruturando o terminal para dar um passo maior”, diz Oliveira. Segundo o superintendente, hoje o Sant’Ana tem opções de voos para Congonhas, Campinas e Foz do Iguaçu – rotas para Porto Alegre são uma possibilidade para breve. Entretanto, devido à pandemia de Covid-19, os voos estão suspensos no momento. A previsão é que voltem em maio.
Aeroporto de PG tem potencial de 200 mil passageiros por ano
As operações tiveram outros momentos de interrupção e retorno desde o início da pandemia: de acordo com Oliveira, se estivessem funcionamento normalmente, o Aeroporto de Ponta Grossa hoje poderia ter movimento de cerca de 90 mil passageiros por ano, contando os de voos particulares. Pelo Plano Aeroviário Nacional, o aeroporto tem potencial para mais de 200 mil passageiros/ano.
O superintendente não acredita que o Sant’Ana perderá espaço mesmo com os investimentos da CCR no Afonso Pena, Bacacheri, Governador José Richa (Londrina) e Cataratas (Foz do Iguaçu). “Podemos ter até a opção de voos alternados de Curitiba. Nossa posição é muito privilegiada. Há alguns dias, vacinas contra a Covid-19 iam ser transportadas de Curitiba para o Norte do Paraná e o Aeroporto do Bacacheri fechou. Eles trouxeram por rodovia para Ponta Grossa e daqui as vacinas foram levadas de avião”, exemplifica.
“Não entendemos (a concessão arrematada pela CCR) como concorrência. Todos têm espaço. Estamos do lado de Curitiba, que tem o maior aeroporto do estado, e mesmo assim temos demanda. Os Campos Gerais têm 23 municípios.”
Leonardo Puppi Bernardi, diretor de tecnologia e inovação da Associação Comercial e Industrial de Ponta Grossa (ACIPG) e presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico da cidade, acredita que os investimentos no aeroporto local abrem caminho para privatização nos próximos anos.
“O aeroporto é muito novo ainda para haver concessão. Não amadureceu. E a pandemia veio atrapalhar tudo”, justifica. “Quando tudo voltar, vamos estar preparados. Vila Velha foi concedida, o Buraco do Padre foi reformado, outros espaços estão surgindo. O fluxo de pessoas atrás de ecoturismo aumentou muito. O novo aeroporto está no caminho certo para o crescimento de demanda que vai haver daqui a um ou dois anos e depois ser concedido. Cada um a seu tempo.”
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