O deputado estadual Homero Marchese (Republicanos-PR) teve derrubadas as contas nas redes sociais Facebook, Instagram e Twitter após postagens comentando o relatório do Ministério da Defesa sobre possíveis inconsistências na segurança das urnas eletrônicas. As publicações, em textos longos, foram feitas pelo deputado no último domingo (13) e os bloqueios, de acordo com ele, aconteceram cerca de duas horas depois. Até a tarde desta quarta-feira (16), as páginas de Marchese seguiam fora do ar.
Receba as principais notícias do Paraná pelo WhatsApp
Em entrevista à Gazeta do Povo, o deputado disse não saber de onde partiu a ordem para que as páginas fossem derrubadas. Marchese explicou à reportagem que o advogado que está cuidando do caso entrou em contato com os gabinetes do ministro Alexandre de Moraes, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Supremo Tribunal Federal (STF), mas nenhum processo contra ele foi encontrado nos registros das cortes.
“O servidor do gabinete do Alexandre de Moraes no TSE, quando recebeu a ligação do advogado, transferiu para o que ele chamou de a ‘Assessoria de Desinformação’. Por lá, o meu nome não aparece em nenhuma ordem judicial. O meu advogado também procurou junto ao STF, imaginando que poderia ser algo relacionado ao inquérito das fake news ou atos antidemocráticos, mas a resposta também foi negativa. Não há nenhum processo lá sobre isso em meu nome”, afirmou.
Suporte das redes não informa origem dos bloqueios
Em contato com as equipes de suporte das redes sociais, o retorno também não esclarece as dúvidas do deputado. Na troca de mensagens à qual a reportagem teve acesso, o representante da Meta, empresa dona do Facebook e do Instagram, confirma que as páginas “não estão aparecendo”, apesar de estarem constando como ativas no sistema interno da plataforma. Uma investigação interna foi aberta, mas nenhum retorno adicional foi dado ao deputado.
“Eu conversei com um advogado do [deputado federal mais votado nas Eleições 2022] Nikolas Ferreira (PL-MG). Com ele aconteceu algo semelhante, mas desde o primeiro dia as redes sociais forneceram o número do processo judicial que determinou a suspensão das contas. O Twitter informou o número do TSE com a ordem. Nós também tentamos contato com o Twitter desde domingo, só que nenhuma resposta chegou até agora”, explicou.
O que diz a postagem de Marchese
Na postagem que, segundo Marchese, pode ter dado origem à derrubada de suas contas em redes sociais, o deputado teceu comentários a respeito do relatório elaborado pelo Ministério da Defesa acerca da segurança das urnas eletrônicas. No texto, Marchese usa analogias para explicar que não se sente seguro para afirmar que não houve fraude nas eleições de outubro.
“Se até a semana passada alguém me perguntasse sobre esses questionamentos que vêm sendo feitos sobre as urnas, eu diria que isso era uma bobagem e que não passava de uma teoria da conspiração. Mas depois de ler o relatório, minha opinião mudou”, disse.
Marchese reforça que no texto postado nas redes sociais ele não afirma que houve qualquer tentativa de alteração no resultado das eleições. “Apenas apontei o que poderiam ser potenciais pontos fracos do sistema. O que eu não sei é se foi por causa desse post que as redes foram retiradas do ar. Eu presumo que seja, mas ainda não posso dizer com certeza”, pontuou.
A reportagem entrou em contato com a Meta, que disse que não vai se manifestar publicamente sobre o assunto.
Hugo Motta troca apoio por poder e cargos na corrida pela presidência da Câmara
Eduardo Bolsonaro diz que Trump fará STF ficar “menos confortável para perseguições”
MST reclama de lentidão de Lula por mais assentamentos. E, veja só, ministro dá razão
Inflação e queda do poder de compra custaram eleição dos democratas e também racham o PT
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná
Deixe sua opinião