Para contribuir com o desenvolvimento das cidades paranaenses, a gestão de Ratinho Junior (PSD) à frente do governo estadual projetou melhorar e apoiar a revitalização de malhas viárias importantes de escoamento de produção e de passagem de veículos. Propostas para o transporte público e para o aperfeiçoamento do sistema de iluminação pública também integravam o plano proposto pelo governador para o período de 2019 a 2022.
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Com a análise das promessas e avanços voltadas ao desenvolvimento urbano, a Gazeta do Povo encerra a série de reportagens voltadas à análise do plano de governo de Ratinho Junior. A seis meses do fim do mandato, a equipe de jornalistas integrante da editoria de Paraná se debruçou sobre as propostas elencadas no documento e trouxe um recorte focado nas principais áreas da administração estadual.
Para a Região Metropolitana de Curitiba, a segunda mais extensa e a oitava mais populosa do Brasil, o plano de governo elencou a implantação do trecho norte do contorno rodoviário metropolitano até o município de Campina Grande do Sul.
Prevista no contrato de concessão dos pedágios da Rodovia Regis Bittencourt desde o ano de 2008, a obra é de responsabilidade da concessionária Arteris. Segundo o governo, somente no último ano a empresa contratou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Rima) para dar seguimento ao projeto. O documento apresentado está sob análise do Instituto Água e Terra (IAT), passo que antecede a liberação para o início da obra.
Também não concluídas ficaram as melhorias para as marginais do Contorno Sul. Segundo a gestão estadual, foi iniciada a elaboração do contrato com a empresa vencedora da licitação. A entrega das melhorias, que inclui iluminação em LED e dispositivos de segurança, é prevista para maio de 2023.
Falta de recursos atrasa o Eixo Viário Metropolitano Leste
A conclusão da obra do Eixo Viário Metropolitano Leste (Intercidades), entre as cidades de Colombo e São José dos Pinhais era uma das promessas. Em nota, a gestão explicou que, por ser de grande complexidade, a obra está dividida em lotes. A justificativa para o atraso da entrega foi que, por questões técnicas e financeiras, a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) só conseguiu contratar os projetos executivos do lote entre Araucária e Fazenda Rio Grande recentemente.
“Os projetos foram entregues em maio de 2022 e encontram-se em revisão pelos técnicos da Comec. Ao mesmo tempo, o Governo do Estado lançou um chamamento público para financiamento da obra, que deverá representar investimento de cerca de R$ 300 milhões”, explicou o estado.
Com a revisão concluída e autorização do financiamento, a obra deve começar no primeiro semestre do próximo ano e, só então será contratado o projeto dos outros trechos, entre os municípios de Fazenda Rio Grande e São José dos Pinhais, que irão se conectar com o Contorno Norte, em Campina Grande do Sul.
Unificação do transporte e novas linhas de ônibus
Estudar a “viabilidade técnica econômica e financeira para definição dos pontos estratégicos para integração de todos os modais de transporte para potencializar os investimentos públicos e as Parcerias Público-Privadas (PPPs)” era um outro ponto destacado no plano de governo.
De acordo com a administração estadual, um protocolo de intenções foi assinado com os ministérios do Desenvolvimento Regional, da Economia, Ippuc e Urbs (estes dois, órgãos municipais de Curitiba), visando a formatação de uma agência única que ficaria responsável pela gestão de todo o transporte coletivo na Região Metropolitana de Curitiba.
“O objetivo é formatar esta Agência Metropolitana para que em 2025, quando vencer o contrato de Curitiba, seja lançada nova licitação, porém, com todo o sistema integrado (urbano e metropolitano)”, diz o governo.
Durante o mandato Ratinho Junior, oito novas linhas de ônibus foram criadas. Araucária, Fazenda Rio Grande, Contenda, Piraquara, São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré, Pinhais, Quatro Barras e Campo Largo ganharam novas rotas e tiveram o serviço ampliado.
A conexão dos passageiros em duas novas linhas é evidenciada pela administração estadual: com o Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul; e com o Hospital do Rocio, em Campo Largo. “Juntas transportam mais de 26 mil passageiros todos os meses”, enfatizou o estado em nota oficial.
A volta da linha 672 Tupy/Juliana, bastante demandada quando interrompida durante o governo anterior, é outro destaque. Após protestos pela volta da linha, em 2019 foi restabelecido o atendimento que faz conexão do bairro Campina da Barra, em Araucária, com o Terminal do Pinheirinho, em Curitiba. Hoje atende mais de 50 mil usuários.
Iluminação nas vias
Dentro do plano foi estipulado o objetivo de criar um programa de suporte aos municípios para ampliação e modernização dos sistemas de iluminação pública eficiente “inclusive norteando a formação de consórcios intermunicipais”, sinalizava o documento.
Foi o que aconteceu, por exemplo, na BR-277, considerada uma das rodovias mais perigosas do estado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). A área conhecida como Rota do Café, na entrada da capital e que também é a principal saída para o Interior do Paraná, ganhou uma nova iluminação de LED. O objetivo é reduzir os acidentes, muito comuns na região no período da noite, justamente pela baixa luminosidade.
A BR-277 terá ainda iluminação pública no lado oeste da via. Está previsto para os próximos meses um investimento de R$ 8,8 milhões, com prazo de execução de 18 meses, após iniciados os trabalhos. Segundo o estado, o processo já está em fase final para a homologação. Será do quilômetro 719 a 730 em Foz do Iguaçu e também do 707 a 712 Santa Terezinha de Itaipu. Outro trecho contemplado foi o de São Miguel do Iguaçu entre os quilômetros 686 a 691.
A gestão afirmou que já tem investido R$ 21,5 milhões em iluminação de 10,7 km do Contorno Sul. A área é uma das principais rodovias da capital, com tráfego diário em torno de 60 mil veículos e alto índice de acidentes.
O governo também teve de fazer um aporte na PR-415, entre Pinhais e Piraquara. A iluminação da chamada Rodovia Deputado João Leopoldo Jacomel, que passou por obras de duplicação, foi furtada em três oportunidades. Em função disso, o DER/PR (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná) “fez a instalação de novos postes, alteração da rede elétrica subterrânea para rede aérea nos trechos mais vulneráveis, substituição de todos dispositivos danificados, e instalação de novos equipamentos”.
Ilumina Paraná
Dentro do Programa Ilumina Paraná, o governo também levou luz a 71 cidades do estado - a um custo de R$ 34.853.451,46. Desde janeiro de 2019, foram trocadas 32.009 mil luminárias por outras de LED.
“Todos os recursos são do Programa de Transferência Voluntária da SEDU [recursos a fundo perdido, quando os municípios não precisam fazer a devolução], Sistema de Financiamento aos Municípios (SFM) e contrapartidas municipais. O programa aumenta a segurança, a sustentabilidade e reduz a conta de energia elétrica das prefeituras” respondeu a gestão.
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