As manifestações em frente às unidades das Forças Armadas no Paraná foram completamente desmobilizadas, confirmou nesta terça-feira (10) o governo do estado. A desocupação dos locais havia sido iniciada no domingo (8) pela Polícia Militar (PM), avançando ao longo desta segunda-feira (9), quando autoridades de todo o país se reuniram para discutir ações conjuntas dos estados para conter a crise causada pelas invasões dos prédios dos Três Poderes em Brasília.
Receba as principais notícias do Paraná pelo WhatsApp
A desmobilização dos manifestantes em frente aos quartéis foi pacífica e sem intercorrências, segundo a PM do Paraná. A ação de retirada foi feita em cumprimento a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, expedida para todo o território nacional. Segundo o governo do Paraná, todas as estruturas de acampamento foram desmontadas ou estão em reta final de desmontagem.
A nota oficial informa ainda que foram lavrados diversos boletins de ocorrência enquanto as manifestações em frente às Forças Armadas eram desmobilizadas e que os nomes das lideranças serão informados à Justiça. E acrescenta que as forças de segurança seguem monitorando a situação.
Mobilização das instituições no Paraná
Enquanto isso, nesta segunda (9), governadores de todo o país se reuniram com o presidente Lula (PT) e os presidentes do STF, Rosa Weber, da Câmara dos Deputados, Artur Lira, e do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (em exercício), para reforçar as medidas de desmobilização de atos que estimulem posicionamentos antidemocráticos.
O encontro foi marcado por discursos em defesa da democracia e da união dos brasileiros. O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), que primeiramente havia afirmado que não compareceria à reunião, acabou confirmando presença mais tarde. Logo após, os governadores foram pessoalmente à sede do STF.
Antes do encontro em Brasília, os chefes dos Poderes do Paraná já haviam se reunido para “reafirmar o compromisso de cada ente em prol da democracia, das instituições brasileiras, da soberania do voto popular e da Constituição de 1988”, segundo informou a assessoria do governo do estado. O encontro, diz o governo, foi por uma “unidade de vozes em prol da pacificação da sociedade paranaense”.
Participaram o governador Ratinho Junior; o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano; o presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, José Laurindo de Souza Netto; e o procurador-geral de Justiça, Gilberto Giacoia. Os representantes das instituições afirmam estar acompanhando os desdobramentos dos eventos de Brasília e garantem que não pouparão esforços para colaborar com as autoridades federais no esclarecimento e responsabilização dos fatos e no fortalecimento da República Federativa do Brasil.
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná
Deixe sua opinião